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Horta Osório: "Prioridade é reduzir a dívida pública" após pandemia

O presidente não executivo do Credit Suisse participou na conferência Banca do Futuro, organizada esta quinta-feira pelo Negócios.

Duarte Roriz
18 de Novembro de 2021 às 14:42
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António Horta Osório, presidente não executivo do Credit Suisse, considera que a "prioridade é reduzir a dívida", depois de um período em que os governos tiveram de apoiar a economia perante a crise pandémica. Sem esta redução, poderá ser difícil suportar uma subida das taxas de juro. 

"Mais tarde ou mais cedo, as taxas de juro subirão e o encargo dessa dívida tornar-se-á incomportável", afirmou o banqueiro na conferência Banca do Futuro, organizada esta quinta-feira, 18 de novembro, pelo Negócios.

Horta Osório explicou que, com uma dívida pública em Portugal que representa 130% do PIB, se as taxas de juro subirem 2%, isto significa 5 mil milhões de euros em encargos.

Nesse sentido, "é uma prioridade reduzir a dívida. Então teremos mais colchões na sociedade para aguentar choques", afirmou. Por outro lado, referiu que a nova vaga da pandemia não deverá travar o crescimento económico, apontando para os riscos em torno da crise energética e de materiais. 

Na mesma conferência, num outro painel, Miguel Maya, CEO do BCP, também referiu a redução da dívida pública como uma prioridade. "Nas finanças públicas é importante o equilíbrio ou estamos a comprometer o futuro. Passada a fase em que era necessário apoiar a economia, o momento é de tratar da casa e há espaço para o poder fazer", disse.

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