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Hong Kong vai retirar o projeto de lei de extradição
A chefe do governo de Hong Kong vai terminar de vez com a legislação que levou aos protestos das últimas semanas.
Lam já tinha, anteriormente, suspendido o projeto. Mas os manifestantes não ficaram satisfeitos e lembraram que enquanto o mesmo constasse da agenda legislativa, poderia ser recuperado a qualquer momento. Era necessário que o projeto fosse mesmo riscado.
Os protestos em Hong Kong duram há quase três meses e já resultaram em mais de 800 detenções.
A polícia deixou de fazer policiamento a pé pelas ruas para evitar quaisquer emboscadas às forças de segurança.
Em Hong Kong vive-se um impasse político, depois de os manifestantes terem exigido inicialmente a retirada de uma lei que permitiria a extradição de suspeitos de crimes para a China, para depois somarem outras reivindicações, uma delas o sufrágio universal naquela região administrativa especial chinesa.
A chefe do Governo admitiu chamar a si poderes reforçados face à situação de emergência que se vive no território e com a China a estacionar tropas na cidade vizinha, Schenzen.
O movimento pró-democracia definiu cinco reivindicações: a retirada definitiva da lei da extradição, a libertação dos manifestantes detidos, que as ações dos protestos não sejam identificadas como motins, um inquérito independente à violência policial, a demissão da chefe de governo Carrie Lam e sufrágio universal nas eleições para este cargo e para o Conselho Legislativo, o parlamento de Hong Kong.
A transferência de Hong Kong para a República Popular da China, em 1997, decorreu sob o princípio "um país, dois sistemas", precisamente o que os opositores às alterações da lei da extradição garantem estar agora em causa.
Tal como acontece com Macau, para aquela região administrativa especial da China foi acordado um período de 50 anos com elevado grau de autonomia, a nível executivo, legislativo e judiciário. O Governo central chinês é responsável pelas relações externas e defesa.
Notícia atualizada às 9h43 com Lusa