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Guterres defende alargamento de poderes da Comissão Europeia

O primeiro-ministro, António Guterres, defendeu hoje o alargamento das competências da Comissão Europeia, o órgão executivo da União Europeia (UE), com o objectivo de conseguir que a Europa fale «a uma só voz» nas questões internacionais.

15 de Novembro de 2001 às 16:20
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O primeiro-ministro, António Guterres, defendeu hoje o alargamento das competências da Comissão Europeia, o órgão executivo da União Europeia (UE), com o objectivo de conseguir que a Europa fale «a uma só voz» nas questões internacionais.

O líder do Governo manifestou o desejo de que da reunião de Primavera da União Europeia (UE), «surja o reforço da posição da Comissão Europeia», sublinhando que «manifestámos à Comissão a nossa disponibilidade para romper os bloqueios que atrasem a política de desenvolvimentos da UE», após uma reunião com o presidente da Comissão Europeia, Romano Prodi.

Guterres considerou também que a actual situação internacional propicia «uma oportunidade para que a Europa fale a uma só voz» e referiu que pretende que haja «uma unidade clara em intervenções da Europa em questões regionais», como por exemplo nos Balcãs e no Médio Oriente.

O líder do Executivo disse que um dos objectivos de Portugal passa por «assegurar uma intervenção activa da Europa em todas as questões internacionais relevantes», onde pretende que a UE «tenha um papel decisivo».

O mesmo responsável sublinhou que num cenário «pós-crise», quando for ultrapassada a actual questão do Afeganistão, haverá uma oportunidade para «conseguir uma globalização mais equilibrada», uma vez que «o mundo será menos violento se for mais justo».

Por seu turno, Romano Prodi defendeu que «a UE precisa de mostrar liderança no processo de resolução desta guerra (Afeganistão), mas também na reorganização de toda a política mediterrânica».

Prodi diz «não teria comparecido» a reunião em Londres

Referindo-se à reunião recentemente realizada em Londres para debater a actual situação internacional, que reuniu apenas alguns dos Estados-membros da UE, deixando de fora países como Portugal, Romano Prodi disse que não teria comparecido à mesma, caso tivesse sido convidado.

«Não pedi para ser convidado porque quis deixar claro que esta reunião não era da União Europeia. Eu teria recusado se tivesse sido convidado», sublinhou o presidente da Comissão Europeia.

O mesmo responsável referiu que na origem desta cimeira, que teve como objectivo reunir apenas as maiores potências europeias, nomeadamente o Reino Unido, a França, a Alemanha, a Itália, esteve «a tradição dos países europeus, que nós respeitamos desde que eles não tomem decisões, e não tomaram».

Prodi assegurou ainda que «na Europa não temos países grandes e pequenos. Para a Comissão Europeia são só países».

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