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Grécia distribui 500 milhões de euros por polícias e reformados

A "mais difícil" negociação com a troika durou sete meses.Mas já chegou ao fim. Ficou terça-feira, 18 de Março, selado o entendimento entre os credores internacionais Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu e o governo liderado por Antonis Samaras, com os textos do acordo a serem finalizados ao longo do dia.

Reuters
18 de Março de 2014 às 22:38
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"As prolongadas negociações com a troika estão a ser concluídas de forma bem-sucedida", comentou o primeiro-ministro Antonis Samaras aos jornalistas, citado pelas agências de informação internacionais. Segundo o primeiro-ministro Samaras, a actual revisão ao resgate da troika foi a "mais difícil" desde que a Grécia solicitou ajuda internacional financeira, em Maio de 2010. Aliás, esta revisão estava a decorrer desde Setembro – "sete meses muito, muito difíceis". O ministro das Finanças, Yannis Stournaras, reiterou, contudo, que a negociação "difícil" está para trás.

Com críticas aos que o têm atacado, o líder do Executivo helénico adiantou que não foram acordadas medidas de austeridade. Aliás, uma das conclusões das negociações, disseram os responsáveis do Governo, é a de que a população grega irá receber 500 milhões de euros de excedente orçamental primário (indicador que reflecte a diferença entre receitas e despesas do Estado, mas que não inclui os encargos com juros da dívida).

"Mais de 500 milhões de euros serão dados, imediatamente, a milhões de gregos tendo como base de critério o rendimento", explicou Samaras na declaração aos jornalistas, citado pela agência estatal grega Ana. À partida, segundo o que foi anunciado, o apoio será dado para os pensionistas com menores rendimentos e para aumentar salários nas forças de segurança.

Outra parte do excedente primário orçamental será utilizado para amortizar dívida pública sendo que haverá espaço ainda para, a partir de 1 de Julho, serem reduzidas as contribuições pagas pelos empregadores e pelas empresas para a Segurança Social, conforme cita a Associated Press. Ao todo, o excedente orçamental primário do ano passado ficou-se pelos 2,9 mil milhões de euros.

O acordo chega no dia em que o ministro helénico das Infra-Estruturas, Michalis Chrisochoides, afirmou que a Grécia pretende realizar, até Maio deste ano, uma emissão de dívida de longo prazo. O objectivo é que seja feita antes das eleições europeias, marcadas para o período entre 22 e 25 de Maio, e será a primeira emissão feita pela Grécia em quatro anos. Entretanto, o país também emitiu dívida a curto prazo em que metade do montante colocado foi adquirido por estrangeiros.

A economia helénica está a contrair há seis anos consecutivos.

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