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Grécia distribui 500 milhões de euros por polícias e reformados
A "mais difícil" negociação com a troika durou sete meses.Mas já chegou ao fim. Ficou terça-feira, 18 de Março, selado o entendimento entre os credores internacionais Comissão Europeia, Fundo Monetário Internacional e Banco Central Europeu e o governo liderado por Antonis Samaras, com os textos do acordo a serem finalizados ao longo do dia.
"As prolongadas negociações com a troika estão a ser concluídas de forma bem-sucedida", comentou o primeiro-ministro Antonis Samaras aos jornalistas, citado pelas agências de informação internacionais. Segundo o primeiro-ministro Samaras, a actual revisão ao resgate da troika foi a "mais difícil" desde que a Grécia solicitou ajuda internacional financeira, em Maio de 2010. Aliás, esta revisão estava a decorrer desde Setembro – "sete meses muito, muito difíceis". O ministro das Finanças, Yannis Stournaras, reiterou, contudo, que a negociação "difícil" está para trás.
Com críticas aos que o têm atacado, o líder do Executivo helénico adiantou que não foram acordadas medidas de austeridade. Aliás, uma das conclusões das negociações, disseram os responsáveis do Governo, é a de que a população grega irá receber 500 milhões de euros de excedente orçamental primário (indicador que reflecte a diferença entre receitas e despesas do Estado, mas que não inclui os encargos com juros da dívida).
Outra parte do excedente primário orçamental será utilizado para amortizar dívida pública sendo que haverá espaço ainda para, a partir de 1 de Julho, serem reduzidas as contribuições pagas pelos empregadores e pelas empresas para a Segurança Social, conforme cita a Associated Press. Ao todo, o excedente orçamental primário do ano passado ficou-se pelos 2,9 mil milhões de euros.
O acordo chega no dia em que o ministro helénico das Infra-Estruturas, Michalis Chrisochoides, afirmou que a Grécia pretende realizar, até Maio deste ano, uma emissão de dívida de longo prazo. O objectivo é que seja feita antes das eleições europeias, marcadas para o período entre 22 e 25 de Maio, e será a primeira emissão feita pela Grécia em quatro anos. Entretanto, o país também emitiu dívida a curto prazo em que metade do montante colocado foi adquirido por estrangeiros.
A economia helénica está a contrair há seis anos consecutivos.