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Governo reafirma autoria da ETA nos atentados de Madrid (act.)

O governo espanhol, através do ministro do Interior Angel Acebes, reafirmou já a alegada culpabilidade da ETA nos atentados que hoje mataram 186 pessoas e feriram outras mil em 13 explosões na capital espanhola, que a polícia veio agora corroborar. José M

11 de Março de 2004 às 16:17
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Em conferência de imprensa realizada no iníciio desta tarde, o líder do Governo espanhol, José María Aznar, afirmou pretender «a rendição incondicional» dos terroristas, defendendo que não haverá qualquer tipo de negociação com os mesmos.

Os terroristas quiseram infringir mais elevado grau de destruição, afirmou, e os criminosos «serão detidos», condenados pelos tribunais e cumprirão integralmente as penas decretadas, afirmou. «Não ficarei descansado enquanto não os derrotar», sublinhou José Maria Aznar.

«A Espanha não está submissa aos terroristas», defendeu o líder do executivo: «iremos derrotá-los. Vamos acabar com os grupos terroristas mantendo o Estado de Direito». A Espanha manter-se-á «unida e democrática», independentemente das mortes causadas pelos terroristas, sublinhou ainda. «Somos um grande nação, cuja soberania reside no povo espanhol», defendeu e «não permitiremos que um grupo de fanáticos» empunha a sua vontade, disse.

Sublinhando que as vítimas terão «sempre» o apoio do Governo e a solidariedade da restante população de Espanha, José Maria Aznar apelou ainda que os cidadãos espanhóis se manifestem nas ruas, às 19h locais de amanhã, em todas as cidades daquele país. Foram decretados três dias de luto no território espanhol.

A série de 13 explosões que atingiram várias estações ferroviárias localizadas na capital espanhola causaram violentos danos em três comboios esta manhã, transportes suburbanos estes que eram maioritariamente utilizados, aquela hora, por estudantes e de pessoas a caminho do seu local de trabalho. O porta-voz do executivo, Eduardo Zaplana, apontou desde logo o dedo à organização separatista basca, dizendo que a ETA é «um banco criminoso de assassinos».

Este foi já considerado o mais violento atentado em Espanha, provocando 173 mortos e mais 600 feridos já confirmados oficialmente.

Em consequência, os partidos políticos deram por terminada a campanha eleitoral que decorria em Espanha, tendo em vista as eleições legislativas de 14 de Março próximo.

O Presidente da República, Jorge Sampaio, o Governo e a Oposição portugueses já condenaram o atentado e demonstraram o seu apoio ao povo espanhol. Não há notícias de portugueses feridos nos atentados de hoje.

A Organização das Nações Unidas (ONU) qualificou entretanto os ataques desta manhã como «um acto monstruoso» e o Parlamento Europeu decretou o dia 11 de Março como o Dia Europeu das vitimas de terrorismo.

Os mercados europeus seguiam em queda. O índice espanhol IBEX recuava 1,98%, para 8128,60 pontos.

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