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Governo reafirma autoria da ETA nos atentados de Madrid

O governo espanhol, através do ministro do Interior Angel Acebes, reafirmou já a alegada culpabilidade da ETA nos atentados que hoje mataram 173 pessoas e feriram outras 690 em 13 explosões na capital espanhola. José Maria Aznar pediu a «rendição incondic

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O governo espanhol, através do ministro do Interior Angel Acebes, reafirmou já a alegada culpabilidade da ETA nos atentados que hoje mataram 173 pessoas e feriram outras 690 em 13 explosões na capital espanhola. José Maria Aznar pediu a «rendição incondicional» dos terroristas.

Em conferência de imprensa, o ministro do Interior espanhol, Angel Acebes afirmou que o governo liderado por José Maria Aznar «não tem dúvidas que o responsável pelos atentados é a ETA». O mesmo governante considerou as afirmações de Arnaldo Otegi como «intoxicação miserável» à opinião pública.

Hoje de manhã, o líder do partido basco Herri Batasuna, Arnaldo Otegi tinha defendido que a organização separatista basca ETA não era responsável pelos atentados desta manhã em Madrid. O responsável político atribuiu o ataque, que causou a morte a pelo menos 173 pessoas e ferimentos a outras 690, à «resistência árabe».

Arnaldo Otegi disse à agência noticiosa francesa AFP, que se «recusava a acreditar» que a ETA pudesse estar por trás destes ataques. O Herri Batasuna é visto como o «braço político» da ETA, tendo a sua acção como partido sido ilegalizada em 2003.

Em conferência de imprensa terminada há pouco, o líder do Governo espanhol, José María Aznar, afirmou pretender «a rendição incondicional» dos terroristas, defendendo que não haverá qualquer tipo de negociação com os mesmos.

Os terroristas quiseram infringir mais elevado grau de destruição, afirmou, e os criminosos «serão detidos», condenados pelos tribunais e cumprirão integralmente as penas decretadas, afirmou. «Não ficarei descansado enquanto não os derrotar», sublinhou José Maria Aznar.

«A Espanha não está submissa aos terroristas», defendeu o líder do executivo: «iremos derrotá-los. Vamos acabar com os grupos terroristas mantendo o Estado de Direito». A Espanha manter-se-á «unida e democrática», independentemente das mortes causadas pelos terroristas, sublinhou ainda. «Somos um grande nação, cuja soberania reside no povo espanhol», defendeu e «não permitiremos que um grupo de fanáticos» empunha a sua vontade, disse.

Sublinhando que as vítimas terão «sempre» o apoio do Governo e a solidariedade da restante população de Espanha, José Maria Aznar apelou ainda que os cidadãos espanhóis se manifestem nas ruas, às 19h locais de amanhã, em todas as cidades daquele país.

A série de 13 explosões que atingiram várias estações ferroviárias localizadas na capital espanhola causaram violentos danos em três comboios esta manhã, transportes suburbanos estes que eram maioritariamente utilizados, aquela hora, por estudantes e de pessoas a caminho do seu local de trabalho. O porta-voz do executivo, Eduardo Zaplana, apontou desde logo o dedo à organização separatista basca, dizendo que a ETA é «um banco criminoso de assassinos».

Este foi já considerado o mais violento atentado em Espanha, provocando 173 mortos e mais 600 feridos já confirmados oficialmente.

Em consequência, os partidos políticos deram por terminada a campanha eleitoral que decorria em Espanha, tendo em vista as eleições legislativas de 14 de Março próximo. Os clubes de futebol espanhóis que disputam hoje partidas internacionais pediram já o adiamento dos jogos.

O Presidente da República, Jorge Sampaio, que já lamentou o sucedido, recebeu já o embaixador espanhol, Carlos Carderera Soler, no Palácio de Belém, assim como a ministra dos Negócios Estrangeiros, Teresa Patrício Gouveia. Não há notícias de portugueses a bordo.

A Organização das Nações Unidas (ONU) consideraram entretanto os ataques desta manhã «um acto monstruoso».

Os mercados europeus seguiam em queda. O índice espanhol IBEX caía 2,22% para os 8.108,20 pontos.

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