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Governo lança agenda para a competitividade do comércio, serviços e restauração
O Executivo apresentou 36 medidas para concretizar entre 2014 e 2020. Sem entrar em detalhes sobre cada uma delas, os objectivos são aumentar o número de empregos, a produtividade , as exportações e o comércio "online".
A introdução de um livro de reclamações electrónico, a revisão do Código da Publicidade, a promoção do financiamento colaborativo (o chamado crowdfunding) ou a criação de projectos conjuntos de qualificação comercial em determinadas zonas, por exemplo numa determinada artéria de uma cidade. Estas são algumas das medidas que fazem parte da agenda para a Competitividade do Comércio, Serviços e Restauração para o período de 2014 a 2020.
Ao todo são 36 medidas, distribuídas por cinco eixos estratégicos, que foram a Conselho de Ministros na passada quinta-feira, 26 de Junho, e que foram esta segunda-feira, 30 de Junho, apresentadas aos jornalistas pelo Ministério da Economia.
O ministro, António Pires de Lima, e o secretário de Estado Adjunto, Leonardo Mathias, não adiantaram, para já, pormenores sobre cada uma das medidas, mas apontaram alguns dos objectivos que pretendem alcançar com a concretização desta agenda para a competitividade.
"A aposta no comércio, serviços e restauração é crucial no processo de retoma que estamos a viver em 2014", afirmou António Pires de Lima, lembrando que estes sectores "representam quase 60% das empresas portuguesas" e dão emprego a 1,77 milhões de pessoas".
O Governo quer agora que a percentagem de trabalhadores com altas qualificações nestes sectores passe dos actuais 21% para os 28%; que o pessoal ao serviço da restauração e bebidas aumente em quase 15%; e que o número de empresas do comércio que recebem encomendas via internet também dispare.
Novo conselho vai acompanhar os três sectores
A agenda "foi organizada depois de um trabalho exaustivo feito com os operadores do sector". E uma das medidas apresentadas passa, precisamente, pela criação de um Conselho para o Comércio, Serviços e Restauração, onde estarão representadas as várias associações e confederações, bem como empresas, consumidores, universidades e o próprio Governo.
O objectivo será acompanhar o desenvolvimento do comércio, serviços e restauração e a aplicação da própria agenda estratégica agora anunciada.
Está também previsto um boletim informativo regular e a criação de uma "via verde" para estes três sectores junto da direcção-geral das actividades económicas. Uma rede de universidades e empresas deverá, por seu turno, incentivar parcerias entre a investigação científica e os empresários que estão no terreno.