O governo chinês vai reduzir as tarifas de importação de equipamentos avançados, de modo a actualizar a tecnologia, sobretudo na indústria aeroespacial e electrónica, anunciou hoje a Administração Estatal dos Impostos.

As autoridades de Pequim têm vindo a incentivar as empresas chinesas a investir no desenvolvimento de tecnologias com maior valor acrescentado, para contrariar a imagem da China como produtora de bens a baixo custo e dependente do conhecimento técnico estrangeiro.

A diminuição das taxas destina-se à importação de tecnologia para a construção naval, comboios de alta velocidade, fabrico de aviões, minas de carvão, electrónica e ainda para os sectores energético e petrolífero, anunciou hoje a Administração Estatal dos Impostos através de um comunicado na sua página na Internet.

Com a medida política, o governo chinês pretende "aumentar o poder competitivo nos sectores-chave do país e a capacidade autónoma de inovação", pode ler-se no comunicado.

Em Fevereiro do ano passado, a China divulgou um plano de 15 anos para incentivar o investimento no ramo tecnológico, incluindo as tecnologias laser, genética, de energia nuclear e de fabrico de automóveis com maior eficiência energética, num esforço para acompanhar o crescimento económico e reforçar a protecção ambiental.

Para ajudar a concretizar este plano, as autoridades chinesas prometeram diminuir a tributação para material tecnológico importado e ainda promover a protecção de patentes para incentivar a investigação.