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Governo prevê a criação de 25 mil empregos qualificados com nova estratégia de inovação

O ministro da Ciência anunciou ainda que o novo programa Go Portugal, que prevê o reforço de parcerias com universidades internacionais, vai dar “confiança” a multinacionais para investir em Portugal.

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15 de Fevereiro de 2018 às 15:47
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O conjunto de medidas relacionadas com inovação tecnológica e com a "modernização" do regime jurídico do Ensino superior vai permitir criar 25 mil postos de trabalho qualificado no sector privado em Portugal até 2030. A garantia foi dada pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, durante a conferência de imprensa, após a realização do conselho de ministros.

"O objectivo é convergir para a Europa em 2030. O que isto significa? Significa estimular a criação de empregos qualificados", apontou o governante.

Manuel Heitor aproveitou para relembrar que "hoje 4 em cada 10 jovens de 20 anos participam no Ensino Superior". Um rácio que o ministro considera que "é bom, mas não chega. Queremo-nos posicionar na liderança europeia. Queremos que 6 em cada 10 jovens de 20 anos" frequentem o Ensino Superior, acrescentou.

Uma meta que Manuel Heitor acredita que vai ser alcançada com a ajuda das medidas aprovadas esta quinta-feira, 15 de Fevereiro, em Conselho de Ministros.

O pacote de medidas inclui o alargamento de doutoramentos a Politécnicos, a criação de uma nova "lei do espaço", bem como a aprovação de "financiamento base para os primeiros seis laboratórios colaborativos" para desenvolver actividades de inovação tecnológica.

Relembrando que o alargamento de doutoramentos a institutos politécnicos visa seguir as recomendações da OCDE, o ministro sublinhou, contudo, que o diploma de alteração jurídica vai ser ainda discutido com os parceiros, incluindo com conselho de reitores das universidades, que têm sido bastante críticos quanto à medida.

Sobre este tema, Manuel Heitor referiu ainda que o objectivo do Governo é "sobretudo, estimular desenvolvimento científico". E tendo em conta que "o ensino politécnico hoje tem uma malha no tecido empresarial português importante", pode contribuir para "o desenvolvimento das pequenas e medias empresas locais" através do reforço das colaborações entre as duas partes.

O ministro realçou também que a ligação entre a ciência e o sector da saúde está no centro dos novos planos. Mas, "se é verdade que a saúde é um sector estratégico para todos", como sublinhou, "também as novas tecnologias do espaço são importantes para alavancar o emprego qualificado numa gama diversificada de sectores", reforçou.

Para tal, foi aprovada uma lei "que visa posicionar Portugal para atrair mais investimento estrangeiro" nesta área.

Tal como as outras medidas, "este projecto valorizou a avaliação da OCDE", sublinhou o ministro. "Assim", com as medidas aprovadas esta quinta-feira, "estamos a ajudar as instituições com mais exigência a capacitarem-se com o melhor que se faz na Europa". "Estar hoje na Europa, estar no mundo, estar a criar emprego, sé é possível com mais competências digitais".

Outra das medidas do novo pacote estratégico de inovação passa pela criação do programa Go Portugal, que inclui o apoio a novas parcerias entre instituições portuguesas de ensino e outras internacionais, entre as quais a Carnegie Mellon University e o Massachusetts of Tecnology (MIT).

"Este programa de parcerias internacionais é estratégico para Portugal porque dá confiança a empresas, sobretudo multinacionais, para investirem em Portugal", comentou Manuel Heitor.

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