Notícia
Governo contratou meio milhar de enfermeiros para reforçar combate à pandemia
Num comunicado enviado à agência Lusa, o Ministério da Saúde esclareceu que, entre 13 de março e a última sexta-feira, "iniciaram funções, nas diversas unidades de saúde, em regime de contrato de trabalho, cerca de 500 enfermeiros".
05 de Abril de 2020 às 15:14
O Ministério da Saúde contratou meio milhar de enfermeiros para reforçar o combate da pandemia no Serviço Nacional de Saúde, esclareceu a tutela, respondendo assim às exigências do Sindicato de Todos os Enfermeiros Unidos.
Num comunicado enviado à agência Lusa, o Ministério da Saúde esclareceu que, entre 13 de março e a última sexta-feira, "iniciaram funções, nas diversas unidades de saúde, em regime de contrato de trabalho, cerca de 500 enfermeiros".
"O Governo autorizou a contratação, pelas instituições do Ministério da Saúde, dos profissionais de saúde necessários à resposta do sistema para efeitos da prevenção, controlo e tratamento da infeção por novo coronavírus", acrescentou a tutela.
Os contratos de trabalho, acrescentou, foram celebrados "a termo resolutivo certo por um período de quatro meses" e "podem ser eventualmente renovados".
O Sindicato de Todos os Enfermeiros Unidos (SITEU) exigiu hoje que o Governo contrate "imediatamente" enfermeiros para reforçar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), denunciando situações "insustentáveis" que "já são crónicas", mas "agravaram-se" devido à pandemia covid-19.
"O défice de enfermeiros no SNS é crónico e denunciado há muitos anos, mas o enorme afluxo de doentes nas últimas semanas está a tornar a situação impossível. Os enfermeiros estão a trabalhar horas intermináveis sem folgas, sem condições de proteção mínimas, expostos ao contágio. E a situação ainda vai piorar mais com a subida esperada de casos nas próximas semanas", refere a presidente do SITEU, Gorete Pimentel, citada num comunicado enviado à agência Lusa.
De acordo com o SITEU, o Governo está a oferecer para a entrada de novos enfermeiros, com contratos de quatro meses, 6,42 euros por hora, e os concursos lançados "estão a ficar desertos".
"Quem quererá ir para o olho do furacão nestas condições, sem treino e sem equipamento de proteção? Numa altura em que não sabemos quando atingiremos o pico [da pandemia], quanto mais regressar à normalidade?", pergunta a direção do sindicato.
O Ministério da Saúde respondeu que "7,42 [euros] é o valor base/hora do enfermeiro em início de carreira, a que acresce eventuais suplementos que sejam devidos".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 65 mil.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 295 mortes, mais 29 do que na véspera (+11%), e 11.278 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 754 em relação a sexta-feira (+7,2%).
Num comunicado enviado à agência Lusa, o Ministério da Saúde esclareceu que, entre 13 de março e a última sexta-feira, "iniciaram funções, nas diversas unidades de saúde, em regime de contrato de trabalho, cerca de 500 enfermeiros".
Os contratos de trabalho, acrescentou, foram celebrados "a termo resolutivo certo por um período de quatro meses" e "podem ser eventualmente renovados".
O Sindicato de Todos os Enfermeiros Unidos (SITEU) exigiu hoje que o Governo contrate "imediatamente" enfermeiros para reforçar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), denunciando situações "insustentáveis" que "já são crónicas", mas "agravaram-se" devido à pandemia covid-19.
"O défice de enfermeiros no SNS é crónico e denunciado há muitos anos, mas o enorme afluxo de doentes nas últimas semanas está a tornar a situação impossível. Os enfermeiros estão a trabalhar horas intermináveis sem folgas, sem condições de proteção mínimas, expostos ao contágio. E a situação ainda vai piorar mais com a subida esperada de casos nas próximas semanas", refere a presidente do SITEU, Gorete Pimentel, citada num comunicado enviado à agência Lusa.
De acordo com o SITEU, o Governo está a oferecer para a entrada de novos enfermeiros, com contratos de quatro meses, 6,42 euros por hora, e os concursos lançados "estão a ficar desertos".
"Quem quererá ir para o olho do furacão nestas condições, sem treino e sem equipamento de proteção? Numa altura em que não sabemos quando atingiremos o pico [da pandemia], quanto mais regressar à normalidade?", pergunta a direção do sindicato.
O Ministério da Saúde respondeu que "7,42 [euros] é o valor base/hora do enfermeiro em início de carreira, a que acresce eventuais suplementos que sejam devidos".
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 1,2 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 65 mil.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 295 mortes, mais 29 do que na véspera (+11%), e 11.278 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 754 em relação a sexta-feira (+7,2%).