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CGD vai ter obras para receber Ministérios. Imóveis vazios vão reforçar oferta de habitação

A expectativa do Governo é de que a concentração de Ministérios no edifício-sede da Caixa Geral de Depósitos seja gradual e arranque ainda este trimestre, prolongando-se ao longo de toda a legislatura. Governo estima poupar cerca de 800 mil euros por ano, com rendas atualmente pagas pelo Estado a privados. Imóveis públicos serão disponibilizados para habitação.

09 de Março de 2023 às 15:46
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O Governo deu esta quinta-feira "luz verde", em Conselho de Ministros, à realização de obras na sede da Caixa Geral de Depósitos (CGD), para que possa concentrar Ministérios e outras entidades públicas em breve. A expectativa do Governo é de que a mudança seja gradual e as primeiras transferências arranquem ainda no primeiro trimestre deste ano.

"Foi autorizada a realização da despesa necessária à concretização das obras de beneficiação e adaptação do edifício-sede da Caixa Geral de Depósitos, em Lisboa, com vista à concentração física de entidades públicas neste edifício", informa o Governo, num comunicado emitido após a reunião do Conselho de Ministros desta quinta-feira. 
Em novembro, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, referiu, em audição no Parlamento, que o processo de transferência de Ministérios iria iniciar-se "ao longo do primeiro trimestre" de 2023, concentrando "não apenas áreas governativas, mas também reorganizando um conjunto de serviços". Inicialmente, a previsão era de que a transferência de Ministérios para a sede da CGD pudesse arrancar ainda em 2022, mas a meta fixada acabou por derrapar. 

Em comunicado, o Governo avança agora que, com a transferência e concentração de Ministérios na CGD, estima-se "uma poupança de cerca de 800 mil euros por ano, em rendas atualmente pagas pelo Estado a privados". Por outro lado, prevê-se que o Estado tenha de gastar "cerca de 5 milhões de euros por ano em encargos com a gestão de serviços como segurança, manutenção, limpeza, jardinagem, fornecimento de energia elétrica e fornecimento de água".

O Governo diz ainda que os imóveis públicos que ficarão desocupados com este processo podem vir a ser "objeto de rentabilização, visando contribuir para o objetivo de reforço da oferta habitacional", estando "avaliados em cerca de 600 milhões de euros".

Os Ministérios da Presidência e da Coesão Territorial, com a tutela direta do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), devem ser os primeiros a mudar-se para o edifício da CGD na Avenida João XXI. Seguir-se-ão os restantes Ministérios, com exceção das Finanças, Defesa e Negócios Estrangeiros, que deverão manter-se nos edifícios que ocupam atualmente. 

"A concentração de serviços e gabinetes num único espaço físico potencia sinergias, estimula a criação de redes de comunicação mais próximas, sedimenta o trabalho colaborativo e permite ganhos de eficiência na gestão dos imóveis utilizados pelo Estado", sublinha o Governo.

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