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Fotogaleria: Governo grego inicia funções com menos 30% do salário

É o dia um para o novo executivo da Grécia, após a tomada de posse. Hoje, as pastas mudam de mãos mas é certo que os ministros vão ter de respeitar o programa de resgate. A troika chega a Atenas já na segunda-feira. Entretanto, Samaras foi admitido num hospital para ser operado a um deslocamento da retina.

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O novo governo da Grécia já começou a funcionar. Já hoje, os novos ministros estiveram reunidos com os anteriores ocupantes dos cargos ministeriais para a passagem de testemunho. O executivo quis dar o exemplo e já foi anunciado que também ele vai estar sob austeridade.

Antonis Samaras, o novo primeiro-ministro, indicou que os membros do governo vão verificar um corte de 30% no salário. Também os carros serão menos utilizados para poupar dinheiro.

Foi com base nessa informação que os novos ministros iniciaram funções. Hoje, reuniram-se com os antecessores para receberem as pastas em cerimónias que foram bastante acompanhadas pelos media.

Nem todos os dias do novo executivo helénico serão marcados pela presença de jornalistas. Samaras deu, ontem, ordens para que os ministros falassem menos com os media. O primeiro-ministro anunciou que o conselho de ministros, que ontem teve lugar, foi o último a ser presenciado pelos órgãos de comunicação social.

Contudo, o primeiro dia do executivo em plenas funções terá de ser seguido na ausência de Antonis Samaras. O primeiro-ministro foi admitido num hospital grego para ser operado a um deslocamento de retina, de acordo com uma declaração do gabinete de Samaras citado pela Reuters. A operação terá lugar em Atenas sábado, amanhã de manhã.

Não se sabe, contudo, se a cirurgia irá impedir que seja Samaras a receber a troika, que segunda-feira vai aterrar em Atenas, de acordo com informações ontem avançadas pelos líderes europeus à saída do Eurogrupo, reunião entre os ministros das Finanças do euro.

A tarefa do novo executivo, formado por 15 ministros (apenas uma ministra - Olga Kefalogianni, ministra do Turismo), será difícil e, ainda ontem, Antonis Samaras afirmou que não seria fácil tirar o país da crise e nem haveria espaço para um “período de graça” para o governo. A oposição tem vindo a criticar

A segunda maior força política do país, o Syriza, em declaração, considera que os elementos do governo "são responsáveis por defender e implementar as políticas mais extremas e mais antipopulares nas últimas décadas". A Coligação da Esquerda Radical prometeu ser uma oposição feroz.

Os Gregos Independentes, quarto partido da Grécia, diz que o país ganhou um novo "governo do memorando" que vai ceder, novamente, a soberania.


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