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Fogo na Camacha continua o mais preocupante

A vila da Camacha, em Santa Cruz, na Madeira, continuava a ser, ao fim da manhã de hoje, atingida pelo incêndio mais preocupante do território nacional, que obrigou ao encerramento do centro de saúde e de uma escola.

19 de Julho de 2012 às 14:14
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O incêndio que atingia o concelho de Santa Cruz, na Madeira, estava cerca das 11:00 a alastrar em duas frentes, uma das quais dirigia-se para uma zona de habitação, disseram à Lusa testemunhas.

De acordo com o presidente da junta de Santo António da Serra (Santa Cruz), Martim Gouveia (PSD), contou à Lusa cerca das 11:00 que o fogo "alastrava em duas frentes, uma para uma área verde de laurissilva (floresta autóctone protegida, Património da UNESCO) e outra frente na direcção sul, para uma área mais urbana".

O fogo na Camacha obrigou hoje de manhã à saída dos funcionários do centro de saúde da vila e das crianças da escola do Santo Contestável "por uma questão de precaução".

No mesmo local, populares tentavam evitar a propagação das chamas ao edifício do centro de saúde e à capela de São José, em cujas traseiras funciona a escola.

Ainda em Santa Cruz, as chamas que lavram na freguesia de Gaula destruíram uma casa e estava, cerca das 12:00, a ser combatidas apenas pelos populares apesar dos apelos do presidente da junta, Élvio Sousa.

Para ajudar no combate às chamas na Madeira chegaram às 12:10 ao Funchal um reforço de 83 bombeiros e militares, a bordo do C-130 da Força Aérea, proveniente do Montijo.

O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, que viajou num voo comercial, visitou alguns dos locais onde estão activos vários incêndios.

Miguel Macedo saiu do aeroporto e dirigiu-se à zona das Águas Mansas, no concelho de Santa Cruz, seguindo depois para o Palheiro Ferreiro, um dos pontos mais críticos do incêndio de quarta-feira à noite no concelho do Funchal. Em seguida, dirigiu-se ao Parque Empresarial da Cancela e terminando a visita na sede do Governo Regional.

No continente, continuava activo às 13:30 o incêndio que desde as 14:10 de quarta-feira queima mato em Catraia, no concelho de Tavira.

No combate estão 399 homens, 120 veículos e oito meios aéreos.

Cerca de 40 pessoas tiveram que ser retiradas por precaução das suas casas na noite de quarta-feira, devido ao incêndio que lavra na zona de Cachopo, Tavira, e que os bombeiros ainda não conseguiram controlar.

Segundo disse à Lusa o comandante distrital operacional, Abel Gomes, das 42 pessoas retiradas, 28 tiveram auxílio das equipas de socorro e 14 conseguiram abandonar as habitações por meios próprios.

O fogo que deflagrou na zona do Palheiro Ferreiro, no Funchal, foi entretanto dado como "circunscrito e controlado", disse o vice-presidente da câmara, responsável pela Protecção Civil municipal, confirmando que arderam duas residências e existem duas dezenas de habitações afectadas.

Os dois incêndios que deflagraram na quarta-feira perto de Ponte de Sôr e que hoje se encontram em rescaldo destruíram cerca de 550 hectares, sobretudo de montado, segundo as estimativas avançadas pelo vice-presidente do município.

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