Em 2008, as Finanças riscaram dos seus ficheiros 3,6 mil milhões de euros de dívidas ao Fisco e à Segurança Social, ou porque passaram de prazo ou porque o Fisco assume que não dispõe de forma de as cobrar. O valor consta do relatório do combate à fraude e evasão fiscal ontem apresentado pelo Ministério das Finanças, e não encontra paralelo em anos anteriores.

Dos 3,6 mil milhões de euros anulados, houve 1,4 mil milhões que ficaram a dever-se à prescrição do prazo para a sua cobrança - que genericamente é de dez anos. Apesar de o valor das prescrições representar um crescimento de 80% em relação a 2007 - ano em que também já tinha atingido um patamar recorde - o Ministro das Finanças desdramatiza-o.