O ministério tutelado por Mário Centeno reagiu à revisão das contas nacionais, divulgada hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), sublinhando que "estes resultados de melhoria da situação externa da economia são de uma importância vital para a sustentabilidade da economia portuguesa".

"Isto acontece num contexto do maior crescimento do investimento das duas últimas décadas. O aumento do investimento, que quase duplicou em 2019 face ao período de crise económica, está associado à importação de bens de capital, que justificam dois terços da aceleração das importações nos últimos semestres", sublinha.

O ciclo virtuoso de reequilíbrio externo não foi interrompido, frisa o comunicado. "Pelo contrário, apresenta características saudáveis para o crescimento futuro da economia portuguesa".

O Ministério das Finanças destaca também os dados da receita fiscal, dando relevância à redução do peso dos impostos na economia.

"Com base nos dados definitivos disponibilizados pelo INE, a receita fiscal cai entre 2015 e 2017 de 25,3% do PIB para 24,8%, uma queda de 0,5 p.p. Este valor é compatível com outras análises produzidas sobre o esforço fiscal em Portugal, tal como a do Banco de Portugal, que mostra uma redução do esforço fiscal por via de medidas legislativas de 0,5 p.p. do PIB potencial".

Assim, refere, "com os dados preliminares de 2018, o peso dos impostos ter-se-á situado em 25,3% do PIB, uma revisão em baixa de 0,4 p.p. face à anterior estimativa (25,7%)".

Ainda assim, o ministério ressalva que, "face às sucessivas revisões das contas nacionais, a leitura deste número pode vir a sofrer alterações devendo ser interpretada com cautela".