Notícia
Ferreira Leite: "Este é o OE de que o país precisa"
A antiga líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, admitiu hoje no Parlamento que o documento apresentado pelo Governo à Assembleia "é o Orçamento de que o país precisa".
03 de Novembro de 2010 às 12:35
A deputada social-democrata disse que a situação financeira de Portugal torna a sua aprovação "inevitável" mas lançou também um importante alerta: a austeridade não vai parar em 2013.
"Portugal está à beira da bancarrota", disse Ferreira Leite. "Este é um Orçamento violento, de que não gosto, e que vai colocar Portugal em recessão. Mas neste momento não há alternativa. A grande questão política deste debate é: como é que foi possível que um partido tivesse conduzido o país de tal forma que tornasse este Orçamento inevitável?".
Mas, apesar da violência do Orçamento, a austeridade vai manter-se durante os próximos anos. E, para Manuela Ferreira Leite, é preciso, a este respeito, "falar verdade aos portugueses: este não é um Orçamento de salvação, mas apenas o início do caminho".
O processo de consolidação de contas pública levará "vários anos" e prolongar-se-á para lá de 2013, altura em que o Governo já conta ter um défice inferior a 3%. Numa intervenção saudada pelos deputados socialistas Afonso Candal e Francisco Assis, Manuela Ferrira Leite aproveitou ainda para pedir aos partidos que "verifiquem se os sacríficos que são pedidos aos portugueses estão ou não a ser desbaratados".
"O pior que poderia acontecer seria este Orçamento não ser correctamente aplicado e os esforços dos portugueses terem sido em vão". Perante a crítica de Francisco Louçã (Bloco) e Honório Novo (PCP) de que haveria "outras alternativas" ao OE, Ferreira Leite foi peremptória: "Neste momento, Portugal está em ruptura financeira. Não podemos continuar a vender ilusões".
"Portugal está à beira da bancarrota", disse Ferreira Leite. "Este é um Orçamento violento, de que não gosto, e que vai colocar Portugal em recessão. Mas neste momento não há alternativa. A grande questão política deste debate é: como é que foi possível que um partido tivesse conduzido o país de tal forma que tornasse este Orçamento inevitável?".
O processo de consolidação de contas pública levará "vários anos" e prolongar-se-á para lá de 2013, altura em que o Governo já conta ter um défice inferior a 3%. Numa intervenção saudada pelos deputados socialistas Afonso Candal e Francisco Assis, Manuela Ferrira Leite aproveitou ainda para pedir aos partidos que "verifiquem se os sacríficos que são pedidos aos portugueses estão ou não a ser desbaratados".
"O pior que poderia acontecer seria este Orçamento não ser correctamente aplicado e os esforços dos portugueses terem sido em vão". Perante a crítica de Francisco Louçã (Bloco) e Honório Novo (PCP) de que haveria "outras alternativas" ao OE, Ferreira Leite foi peremptória: "Neste momento, Portugal está em ruptura financeira. Não podemos continuar a vender ilusões".