A falta de recursos humanos qualificados é um dos problemas existentes na área da ciência e investigação na Europa, o ministro da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago, é peremptório em dizer "falta meio milhão de investigadores na Europa". Não obstante o governante sublinha que a Europa deve ser reactiva no incentivo à captação de mais investigadores e mais investimento nesta área.

Janez Potocnik, comissário europeu da ciência e tecnologia, recordou que "temos cinco cientistas por mil trabalhadores activos, contra os 9 dos EUA e os 10 do Japão". No entanto, o responsável, que falava após a reunião informal com ministros da ciência de 27 países sobre a competitividade, sublinha que "temos que colocar a importância nos países e investir".

Mariano Gago aproveitou para avançar que as instituições científicas portuguesas vão este ano, pela primeira vez, abrir um concurso internacional para a admissão de mil investigadores doutorados.

O ministro sublinhou que "não há nenhuma catástrofe na Europa", no sentido de não haver recursos humanos qualificados. Mariano Gago diz apenas que "a Europa, nesta matéria, não está a crescer como os EUA ou o Japão".

O comissário europeu reiterou que os objectivos da Agenda de Lisboa são para cumprir, apesar do objectivo de que o investimento em investigação e ciência atinja os 3% do PIB europeu, em 2010 ser difícil de alcançar, se os "Estados membros trabalharem em conjunto poderemos alcançar os 2,6%" do PIB.