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Exportações e importações de bens caem em maio pelo segundo mês consecutivo

Este foi o segundo mês consecutivo de recuo nas trocas comerciais nacionais, com as exportações a caírem mais do que as exportações. Descida de preços ajuda a explicar recuo. Défice da balança comercial aumentou para 2.526 milhões de euros.

Abrandamento das exportações mundiais fica a dever-se à guerra na Ucrânia e à política de “covid zero” na China.
Mariline Alves
10 de Julho de 2023 às 11:11
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As trocas comerciais portuguesas caíram novamente no mês de maio, o que acontece pelo segundo mês consecutivo. Os dados divulgados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que as exportações recuaram 6,9%, em termos nominais (que não excluem os efeitos da inflação), enquanto as importações recuaram 4,1%. 

O recuo é explicado sobretudo pela queda homóloga dos preços das mercadorias. O INE dá conta de que, em maio, o índice de valor unitário (preços) registou uma variação negativa de 2,3% nas exportações, quando comparado com os valores registados em maio do ano passado. Já os preços das importações caíram 6,5% face ao valores registado há um ano.

Sem contar com os produtos petrolíferos, os preços das exportações registaram uma queda homóloga de 2,3%, ao passo que as importações recuaram 2,6%. Isso contribuiu para que, durante o mês de maio, se tenha observado uma diminuição de 4,4% nas exportações e um aumento de 3,8% nas importações, sem considerar os combustíveis e lubrificantes. 

Olhando para o conjunto de bens vendidos e comprados por Portugal, salientam-se os decréscimos nas exportações de fornecimento industriais, que caíram 25,1% em termos homólogos, "com especial incidência nos produtos farmacêuticos". Nas importações, destacou-se a queda homóloga de 41,3% na compra de combustíveis e lubrificantes. 

Neste último caso, está refletida "a descida do preço destes produtos nos mercados internacionais" e "um efeito de base, dado que em maio de 2022 tinha ocorrido a introdução no mercado de gás natural previamente sujeito ao regime de entreposto aduaneiro, com vista ao encerramento do entreposto de Sines, que fez aumentar de forma significativa as importações deste produto".

Face a isso, o défice da balança comercial aumentou 109 milhões de euros face a maio, atingindo 2.526 milhões. Sem contar com combustíveis e lubrificantes, o défice aumentou 610 milhões, totalizando 1.954 milhões de euros.

(Notícia atualizada às 11:27)
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