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Eventual visita de Biden a Israel faz soar campainhas
Biden frisa agora que ofensiva em Gaza deve ficar nos limites seguidos pelas instituições democráticas.
A Casa Branca debate-se com uma série de desafios políticos e de segurança à medida que os rumores de uma eventual visita de Joe Biden a Israel ganham forma, com parte do "staff" do Presidente dos EUA a considerar que a viagem poderá trazer ganhos diplomáticos no médio prazo.
O desafio foi lançado pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, depois de Biden ter declarado o seu apoio a uma resposta "rápida, decisiva e esmagadora" do exército de Israel ao assassínio de centenas de civis israelitas pelo Hamas. Num pequeno ajuste de discurso face às declarações iniciais, esta segunda-feira, o Presidente norte-americano já veio a público afirmar que a ofensiva na Faixa de Gaza deve permanecer dentro dos limites "seguidos pelas instituições democráticas".
A Casa Branca não quis comentar os planos para a viagem. A porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, afirmou apenas num comunicado que "não existem novas viagens a anunciar".
Segundo a Reuters, uma viagem deste tipo seria uma escolha rara e arriscada, mostrando o apoio a Netanyahu, numa altura em que os EUA tentam evitar uma guerra regional mais vasta envolvendo o Irão, o seu aliado libanês Hezbollah e a Síria, e numa altura em que os alimentos e o combustível escasseiam em Gaza, onde as autoridades dizem que mais de 2.800 pessoas foram mortas em ataques israelitas.
De acordo com a agência, poderá também dar a Biden uma nova vantagem para influenciar os acontecimentos no terreno e reforçar a sua imagem no país.