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Euro acentua ganhos e aproxima-se de 1,51 dólares

A moeda europeia acentuava os ganhos face ao dólar e renovou o novo máximo histórico face à divisa norte-americana, aproximando-se dos 1,51 dólares. O mercado espera que a Reserva Federal (Fed) corte os juros de forma agressiva e que Ben Bernanke dê indic

27 de Fevereiro de 2008 às 09:11
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A moeda europeia acentuava os ganhos face ao dólar e renovou o novo máximo histórico face à divisa norte-americana, aproximando-se dos 1,51 dólares. O mercado espera que a Reserva Federal (Fed) corte os juros de forma agressiva e que Ben Bernanke dê indicações disso mesmo quando for ao Senado.

A queda do preço das casas nos Estados Unidos e a redução da confiança dos consumidores prejudicou a divisa americana, com os investidores a incorporarem um atitude mais agressiva por parte da Reserva Federal no corte dos juros.

O euro [eur] subia 0,67% para os 1,5075 dólares, o que representa o valor mais levado de sempre. Desde o início deste ano, o euro está a acumular mais de 3% contra a moeda norte-americana.

A divisa norte-americana, que perdeu valor contra todas as 16 divisas mais activas, foi prejudicada por diversos dados económicos divulgados ontem. O índice de preços nos produtor avançou 1% em Janeiro e o preço das casas caiu 9,1%, em Dezembro, face ao mesmo período do ano passado. Foi ainda divulgado que o índice de confiança caiu para o nível mais baixo dos últimos cinco anos.

Mas a subida do euro acentuou-se ontem, depois de, mais uma vez, a Fed ter dado sinais de que vai continuar a cortar os juros de forma agressiva.

O vice-presidente Donald Kohn disse ontem que a turbulência no mercado de crédito e a possibilidade da economia entrar em recessão, constituem uma "ameaça mais forte" do que a escalada da inflação. Os futuros mostram que o mercado atribui uma probabilidade de 92% a uma descida de 50 pontos base nos juros da Fed, na reunião de 18 de Março.

O presidente da FED vai quarta-feira ao Senado dos EUA falar sobre política monetária e o mercado espera que Bernanke dê indicações de corte nos juros.

A descida de juros nos EUA beneficia o euro porque o diferencial de juros entre os dois lados do Atlântico tende a aumentar, uma vez que as previsões apontam para que o Banco Central Europeu (BCE) mantenha a taxa de juro inalterada nos 4% por mais tempo. Com juros mais elevados, os investimentos denominados em euros tornam-se mais atractivos já que a sua remuneração é mais elevada. E é este factor que tem animado o euro contra o dólar.

Os economistas estimam uma quebra nos juros para 1% ainda este ano nos EUA. Se a economia americana continua a dar sinais preocupantes, na Europa têm sido divulgados dados mais animadores, o que suporta ainda mais a subida do euro, uma vez que deixa espaço de manobra para o BCE manter os juros.

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