Notícia
EUA incentivam Portugal a atingir meta de 2% do PIB para defesa
Os Estados Unidos querem que todos os Aliados façam "a sua parte para cumprir os compromissos" assumidos na cimeira do País de Gales e atinjam a meta dos 2% do PIB reservados à defesa. Portugal deverá reservar, em 2022, 1,44%, diz a NATO.
02 de Julho de 2022 às 10:29
Os Estados Unidos consideram Portugal um "importante Aliado da NATO", mas incentivam o país a "fazer a sua parte" para cumprir a meta aliada dos 2% do PIB reservados à defesa.
"Os Estados Unidos incentivam todos os Aliados da NATO a fazerem a sua parte para cumprir os compromissos [assumidos] na cimeira do País de Gales", disse à Lusa fonte do Departamento de Estado norte-americano, em resposta por escrito, dois dias depois do final da cimeira de líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
Em setembro de 2014, poucos meses após a anexação da Crimeia pela Rússia, os líderes da NATO, reunidos em cimeira no País de Gales, comprometeram-se a investir 2% dos respetivos PIB em Defesa.
Segundo estimativas divulgadas pela NATO, Portugal deverá reservar, em 2022, 1,44% do PIB à Defesa.
À entrada para a cimeira da NATO, na quarta-feira, António Costa afirmou que Portugal não se pode "objetivamente comprometer" com uma data para atingir a meta de 2% do PIB reservados à Defesa, afirmando que o país só assume "compromissos que pode cumprir" e invocando "a situação de incerteza" da economia global e a "grande determinação" em reduzir de forma "forte" a dívida pública.
Em conferência de imprensa na quinta-feira, após o final da cimeira, o primeiro-ministro afirmou ter transmitido essa mensagem à Aliança Atlântica, acrescentando que Portugal irá atingir a meta dos 2% "ao longo da década".
Costa referiu ainda que Portugal pode "acelerar a convergência para esse objetivo" caso a União Europeia (UE) disponibilize fundos comunitários no âmbito da política comum de segurança e defesa.
Nas declarações à Lusa, o Departamento de Estado qualifica Portugal como um "importante Aliado da NATO" e um "amigo histórico", referindo que as Forças Armadas dos dois países trabalham "lado a lado", "fortalecendo a parceria e garantindo a segurança" de ambas as nações.
"Em conjunto com Portugal, os nossos militares estão a operar globalmente, desde a Roménia - no âmbito das medidas de segurança da NATO - a operações marítimas conjuntas no Atlântico", refere o Departamento de Estado, em referência ao contingente militar português composto por 221 militares que se encontra atualmente na Roménia.
Numa referência à base das Lajes, operada pelas Forças Armadas norte-americanas, o Departamento de Estado - dirigido pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken - realça que "os Açores desempenham um papel único e especial na amizade histórica entre os Estados Unidos e Portugal".
"As nossas famílias, culturas e economias têm crescido em conjunto nos últimos 226 anos. Estes laços são a base sólida na qual a nossa prosperidade e segurança comum é construída", indica.
"As relações entre Portugal e os Estados Unidos estão mais fortes do que nunca. Somos amigos, somos parceiros e somos aliados. E, tendo em conta que a maioria dos luso-americanos têm raízes nos Açores, somos também família", adianta.
"Os Estados Unidos incentivam todos os Aliados da NATO a fazerem a sua parte para cumprir os compromissos [assumidos] na cimeira do País de Gales", disse à Lusa fonte do Departamento de Estado norte-americano, em resposta por escrito, dois dias depois do final da cimeira de líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
Segundo estimativas divulgadas pela NATO, Portugal deverá reservar, em 2022, 1,44% do PIB à Defesa.
À entrada para a cimeira da NATO, na quarta-feira, António Costa afirmou que Portugal não se pode "objetivamente comprometer" com uma data para atingir a meta de 2% do PIB reservados à Defesa, afirmando que o país só assume "compromissos que pode cumprir" e invocando "a situação de incerteza" da economia global e a "grande determinação" em reduzir de forma "forte" a dívida pública.
Em conferência de imprensa na quinta-feira, após o final da cimeira, o primeiro-ministro afirmou ter transmitido essa mensagem à Aliança Atlântica, acrescentando que Portugal irá atingir a meta dos 2% "ao longo da década".
Costa referiu ainda que Portugal pode "acelerar a convergência para esse objetivo" caso a União Europeia (UE) disponibilize fundos comunitários no âmbito da política comum de segurança e defesa.
Nas declarações à Lusa, o Departamento de Estado qualifica Portugal como um "importante Aliado da NATO" e um "amigo histórico", referindo que as Forças Armadas dos dois países trabalham "lado a lado", "fortalecendo a parceria e garantindo a segurança" de ambas as nações.
"Em conjunto com Portugal, os nossos militares estão a operar globalmente, desde a Roménia - no âmbito das medidas de segurança da NATO - a operações marítimas conjuntas no Atlântico", refere o Departamento de Estado, em referência ao contingente militar português composto por 221 militares que se encontra atualmente na Roménia.
Numa referência à base das Lajes, operada pelas Forças Armadas norte-americanas, o Departamento de Estado - dirigido pelo secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken - realça que "os Açores desempenham um papel único e especial na amizade histórica entre os Estados Unidos e Portugal".
"As nossas famílias, culturas e economias têm crescido em conjunto nos últimos 226 anos. Estes laços são a base sólida na qual a nossa prosperidade e segurança comum é construída", indica.
"As relações entre Portugal e os Estados Unidos estão mais fortes do que nunca. Somos amigos, somos parceiros e somos aliados. E, tendo em conta que a maioria dos luso-americanos têm raízes nos Açores, somos também família", adianta.