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EUA perderam 700 mil empregos em março. Taxa de desemprego sobe para 4,4%
Os Estados Unidos perderam 700 mil postos de trabalho em março e viram a taxa de desemprego aumentar para 4,4%.
O emprego nos Estados Unidos registou, em março, a primeira descida desde 2010, deixando antever a magnitude do impacto da pandemia no novo coronavírus na economia global.
Segundo os dados revelados esta sexta-feira, 3 de abril, pelo Departamento do Trabalho, os postos de trabalho na maior economia do mundo diminuíram em 701 mil face ao mês anterior, muito acima do esperado pelos economistas, que antecipavam uma quebra de 100 mil.
Ainda assim, a descida poderá ter sido muito maior, já que os dados cobrem sobretudo o início do mês, não contabilizando, por isso, os lay-offs ordenados pelo governo que obrigaram as empresas a mandar milhares de trabalhadores para casa.
Assim, a taxa de desemprego aumentou de 3,5% - um mínimo de cinco décadas – para 4,4%, o nível mais elevado desde 2017. É expectável, no entanto, que suba acima dos 10% nos próximos meses.
Os dados do Departamento do Trabalho mostram que, no setor privado, houve uma quebra de 713 mil empregos, enquanto que no setor do Estado a descida foi de 12 mil. Por outro lado, assistiu-se a um aumento de 17 mil empregos temporários, essencialmente relacionados com a realização do censo.
Já os rendimentos médios por hora aumentaram 0,4% em relação a fevereiro, e 3,1% face a março de 2019, muito acima do esperado.
Estes dados são conhecidos depois de ontem ter sido anunciado que os novos pedidos de subsídio de desemprego nos EUA ascenderam a 6,65 milhões na semana terminada a 28 de março, um recorde histórico e que mais do que duplicou o máximo de 3,28 milhões registado na semana precedente (ou seja, em duas semanas entraram perto de 10 milhões de novos pedidos de subsídio de desemprego).
(Notícia atualizada às 13:56)