A Associação Portuguesa de Medicamentos Genéricos (Apogen) divulgou hoje resultados de um estudo europeu que indica que é "possível poupar entre 27% e 48% da despesa do sector da Saúde se os Estados-Membros da União Europeia aplicarem medidas apropriadas na prescrição dos medicamentos genéricos".

A conclusão é de Steven Simoens, investigador da Universidade Belga de Leuven, que analisou as políticas seguidas pelos diversos países europeus para desenvolverem o mercado de medicamentos genéricos. No estudo é defendida a prescrição de medicamentos genéricos pelos médicos, assim como a introdução de "uma política coerente para os genéricos".

O estudo indica que a penetração de medicamentos genéricos é mais forte em países onde o sistema de preços de referência é menos rígido, caso da Alemanha, Holanda e Reino Unido, em comparação com Portugal, Espanha, França e Itália, onde a regulação de preços é mais forte.

A Apogen, que reúne 18 empresas que estão no segmento de genéricos do mercado farmacêutico português, diz ainda que "os países europeus continuam a desperdiçar dezenas de milhões de euros anualmente, que seriam uma poupança para os serviços de saúde, por não apostarem mais nos medicamentos genéricos".