As parcerias público-privadas (PPP) da saúde representarão no próximo ano encargos de 80,7 milhões de euros para o Estado, uma verba que corresponde a apenas 38,6% do total que o Estado previa no ano passado em gastos com as PPP para 2008.

Assim, os encargos de 209 milhões de euros com as PPP da saúde que estavam no Orçamento do Estado para 2007 como previsão para 2008 transformam-se neste novo OE em 80,7 milhões de euros, sendo a maior parte relativa aos futuros hospitais de Cascais e Braga.

O hospital de Cascais, cujo contrato de concessão está a ser negociado com a Hospitais Privados de Portugal (HPP), controlada pela Caixa Geral de Depósitos, terá do Estado 33,9 milhões de euros em 2008. O valor total desta unidade ronda os 400 milhões de euros, que serão gastos ao longo dos próximos 30 anos.

Já o hospital de Braga está um pouco mais atrasado, uma vez que ainda está por escolher o vencedor do concurso, que pode ser a José de Mello Saúde ou a Espírito Santo Saúde. De qualquer forma, o Estado já prevê para 2008 ter de desembolsar 26,1 milhões de euros com este projecto.

A estes dois hospitais, que ainda não estão em marcha, há que somar as verbas que o Estado gastará em PPP de projectos já em funcionamento. E são dois. O centro de atendimento do Serviço Nacional de Saúde (SNS) receberá 14,9 milhões de euros no próximo ano. O Centro de Medicina Física e Reabilitação do Sul, que está a ser gerido pelo Grupo Português de Saúde, representará para o Estado um encargo de 5,6 milhões de euros.

Igualmente em andamento, os concursos para a construção e gestão em PPP dos futuros hospitais de Loures e Vila Franca de Xira não exigirão do Estado quaisquer encargos já em 2008.

Os primeiros concursos em PPP da nova vaga de hospitais serão, tal como o Ministério da Saúde já havia avançado, o do Hospital de Todos-os-Santos e o do Hospital Central do Algarve.