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Endividamento da economia sobe para 814.100 milhões em 2024

Do endividamento total, 454.600 milhões de euros respeitavam ao setor privado (empresas privadas e particulares) e 359.400 milhões de euros ao setor público (administrações públicas e empresas públicas).

A regulação do Banco de Portugal em vigor é datada de 2008 e não abrange intermediários de crédito, negócio que tem crescido nos últimos anos.
Miguel Baltazar
21 de Fevereiro de 2025 às 12:28
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O endividamento do setor não financeiro aumentou 17 mil milhões de euros em 2024 face ao ano anterior, para 814.100 milhões de euros, informou hoje o Banco de Portugal (BdP).

Do endividamento total, 454.600 milhões de euros respeitavam ao setor privado (empresas privadas e particulares) e 359.400 milhões de euros ao setor público (administrações públicas e empresas públicas).

De acordo com o banco central, o endividamento do setor público subiu 11.600 milhões de euros face a 2023, tendo-se este acréscimo verificado, sobretudo, "junto de entidades não residentes (+10.600 milhões de euros), por via de títulos de dívida, maioritariamente de longo prazo, e de entidades das administrações públicas (+3.200 milhões de euros)". Pelo contrário, diminuiu 2.200 milhões junto do setor financeiro e dos particulares.

No setor privado, o endividamento aumentou 5.400 milhões de euros, devido, sobretudo, ao aumento do endividamento dos particulares junto do setor financeiro (+4.700 milhões de euros), por via do crédito à habitação.

Já o endividamento das empresas privadas manteve-se estável, uma vez que o aumento do endividamento perante o resto do mundo e o setor financeiro foi compensado por uma redução do endividamento junto dos outros setores residentes, com destaque para as empresas.

No final do ano passado, a construção e atividades imobiliárias, o comércio e as indústrias eram os setores de atividade económica com maior peso no endividamento das empresas privadas, correspondendo, em conjunto, a 52% do total.

Em termos de dimensão, as grandes empresas e as microempresas eram as mais representativas (31% e 27%, respetivamente).

Apesar de o endividamento do setor não financeiro ter aumentado nominalmente em 2024, o crescimento do PIB foi superior, por isso, em percentagem do PIB, o endividamento do setor não financeiro diminuiu 11,4 pontos percentuais, para 286,6%.

O endividamento do setor público reduziu-se de 130,1% para 126,6%, e o endividamento do setor privado decresceu de 168,0% para 160,1% do PIB.

Em termos de variação anual, entre o final de 2023 e o final de 2024, o endividamento total das empresas privadas cresceu 1,2%, mais 3,5 pontos percentuais do que no ano anterior.

Já a taxa de variação anual do endividamento dos particulares apresentou uma tendência de crescimento ao longo de 2024, sendo que, entre o final de 2023 e o final de 2024, aumentou 3,8%.

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