Notícia
Elon Musk em nova polémica após apresentar "plano de paz" para a guerra na Ucrânia
Multimilionário partilhou no Twitter aquela que é a sua visão sobre o que deve ser feito para colocar um fim à guerra na Ucrânia. Críticas não tardaram em chegar, com o próprio presidente ucraniano a manifestar-se.
O CEO da Tesla, Elon Musk, está novamente no centro das atenções (e da polémica). Desta vez, porque partilhou um "plano de paz" para a guerra na Ucrânia, atitude que não foi bem vista pelos cidadãos ucranianos e que já mereceu resposta do presidente Volodymyr Zelensky.
Em suma, Musk apelou à Ucrânia que procurasse uma solução negociada com a Rússia para colocar fim à guerra e que cedesse oficialmente a Crimeia, território anexado por Moscovo em 2014, mas que não foi reconhecido como tal pela comunidade internacional. O magnata defendeu ainda que as pessoas que vivem nas cinco zonas agora anexadas pela Rússia - Crimeia, Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia - devem decidir de que país querem fazer parte, tendo mesmo lançado uma votação acerca disso na rede social.
O "plano de paz" de Musk passa pela realização de eleições nas regiões anexadas, com a supervisão da ONU, sendo que a Rússia terá de deixar os territórios, caso essa seja a vontade dos locais. Além disso, a Crimeia passará a ser formalmente parte de Moscovo, terá fornecimento de água assegurado e a Ucrânia mantém-se neutra.
As críticas às publicações de Musk não tardaram a chegar, com o chefe de Estado ucraniano a ser dos primeiros a manifestar-se. "De que Elon Musk gostam mais: o que apoia a Ucrânia ou o que apoia a Rússia", questionou Zelensky numa votação também lançada na rede social Twitter.
Em resposta a críticas de outros internautas, Musk referiu ainda que a Rússia tem neste momento uma parte das tropas mobilizadas, contudo, essa mobilização será total se a Crimeia ficar em risco. "A população da Rússia é três vezes maior do que a da Ucrânia, por isso a vitória ucraniana nesta guerra é improvável. Se se importam com os ucranianos, procurem paz", reforçou.
Do lado russo, o vice-presidente do Conselho de Segurança, Dmitry Medvedev, louvou a atitude de Musk. "No próximo 'tweet' vai dizer que a Ucrânia é um estado artificial", ironizou.
Pouco depois do início da guerra, a 24 de fevereiro, Elon Musk anunciou que ativou o equipamento da Starlink na Ucrânia, que fornece acesso à Internet via satélite e que tem sido essencial para o país liderado por Volodymyr Zelenksy. O dono da Tesla chegou mesmo a ser convidado pelo presidente ucraniano para visitar o país após o fim da guerra.
Em suma, Musk apelou à Ucrânia que procurasse uma solução negociada com a Rússia para colocar fim à guerra e que cedesse oficialmente a Crimeia, território anexado por Moscovo em 2014, mas que não foi reconhecido como tal pela comunidade internacional. O magnata defendeu ainda que as pessoas que vivem nas cinco zonas agora anexadas pela Rússia - Crimeia, Donetsk, Luhansk, Kherson e Zaporizhzhia - devem decidir de que país querem fazer parte, tendo mesmo lançado uma votação acerca disso na rede social.
O "plano de paz" de Musk passa pela realização de eleições nas regiões anexadas, com a supervisão da ONU, sendo que a Rússia terá de deixar os territórios, caso essa seja a vontade dos locais. Além disso, a Crimeia passará a ser formalmente parte de Moscovo, terá fornecimento de água assegurado e a Ucrânia mantém-se neutra.
"Este será muito provavelmente o resultado final. É só uma questão de quantas pessoas vão morrer antes", escreveu o multimilionário.Ukraine-Russia Peace:
- Redo elections of annexed regions under UN supervision. Russia leaves if that is will of the people.
- Crimea formally part of Russia, as it has been since 1783 (until Khrushchev’s mistake).
- Water supply to Crimea assured.
- Ukraine remains neutral. — Elon Musk (@elonmusk) October 3, 2022
As críticas às publicações de Musk não tardaram a chegar, com o chefe de Estado ucraniano a ser dos primeiros a manifestar-se. "De que Elon Musk gostam mais: o que apoia a Ucrânia ou o que apoia a Rússia", questionou Zelensky numa votação também lançada na rede social Twitter.
A questão não foi deixada sem resposta, com o líder da Tesla a reiterar o seu apoio à Ucrânia. "Continuo a apoiar fortemente a Ucrânia, mas estou convicto de que a escalada massiva da guerra irá causar um grande dano ao país e possivelmente ao mundo", defendeu.Which @elonmusk do you like more?
— ????????? ?????????? (@ZelenskyyUa) October 3, 2022
Em resposta a críticas de outros internautas, Musk referiu ainda que a Rússia tem neste momento uma parte das tropas mobilizadas, contudo, essa mobilização será total se a Crimeia ficar em risco. "A população da Rússia é três vezes maior do que a da Ucrânia, por isso a vitória ucraniana nesta guerra é improvável. Se se importam com os ucranianos, procurem paz", reforçou.
Do lado russo, o vice-presidente do Conselho de Segurança, Dmitry Medvedev, louvou a atitude de Musk. "No próximo 'tweet' vai dizer que a Ucrânia é um estado artificial", ironizou.
A sugestão de Musk surge depois de a Rússia ter formalizado a anexação dos quatro territórios ucranianos, que é vista por grande parte da comunidade internacional como ilegal.Kudos to @elonmusk! However, the shadowy agent has lost the cover. Deserves a new rank, fast.
— Dmitry Medvedev (@MedvedevRussiaE) October 3, 2022
His next tweet will run like, Ukraine is an artificial state. Anticipating…
Pouco depois do início da guerra, a 24 de fevereiro, Elon Musk anunciou que ativou o equipamento da Starlink na Ucrânia, que fornece acesso à Internet via satélite e que tem sido essencial para o país liderado por Volodymyr Zelenksy. O dono da Tesla chegou mesmo a ser convidado pelo presidente ucraniano para visitar o país após o fim da guerra.