O crescimento da economia alemã, em 2014, ficou em linha com as estimativas dos analistas, que antecipavam uma recuperação no último trimestre depois da estagnação registada em meados do ano.

Segundo os dados avançados esta quinta-feira pelo organismo federal de estatísticas, o produto interno bruto (PIB) cresceu ao ritmo mais rápido dos últimos três anos, tendo avançado 1,5% no ano passado, depois da subida ligeira de 0,1% registada em 2013. O resultado correspondeu à média das estimativas de 26 economistas consultados pela Bloomberg.

Pelo terceiro ano consecutivo, a Alemanha registou um excedente orçamental. Em 2014, correspondeu a 0,4% do PIB, o segundo mais elevado desde a reunificação em 1990. 

A Alemanha, a maior economia europeia, está apoiada no crescimento da procura interna – propiciado, por sua vez, por mínimos históricos no desemprego – para impulsionar o crescimento económico, num cenário de fraca recuperação na região da moeda única.

"Os indicadores são bastante promissores, especialmente o consumo interno, que é um forte pilar da economia alemã", referiu, em declarações à Bloomberg, Andreas Scheuerle, economista do Dekabank, em Frankfurt. "A incerteza económica tem sido um travão mas as perspectivas são positivas. Os baixos preços da energia e a depreciação do euro ajudam o investimento".