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Economia dá sinais de "abrandamento" em junho e julho

INE aponta para abrandamento da atividade económica, mas aponta para efeitos de base já que o período homólogo foi marcado por um alívio das restrições no país.

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O crescimento da atividade económica em Portugal terá desacelerado nos últimos dois meses, segundo os primeiros dados analisados pelo Instituto Nacional de Estatísticas (INE). O relatório divulgado esta quarta-feira sublinha, no entanto, que parte é explicado por efeitos de base já que junho e julho do ano passado foram meses marcados por um alívio das restrições relacionadas com a Covid-19.

"A informação quantitativa mais recente, disponível para junho e julho, revela taxas de crescimento homólogo menos intensas do que nos meses precedentes. Esta evolução é influenciada, em grande medida, por um efeito de base, uma vez que a comparação incide sobre um período de alívio das medidas restritivas de combate à pandemia", revela o relatório do INE divulgado esta quarta-feira.

Em geral, os indicadores de curto prazo ainda não atingiram em junho os níveis do período homólogo de 2019 (com exceção do índice de volume de negócios na indústria), em particular na atividade turística. Os indicadores quantitativos de síntese (atividade económica, consumo privado e investimento) apresentaram crescimentos "menos intensos" em junho de 2021 do que no mês anterior.

Em julho, o indicador de clima económico diminuiu, mantendo-se ainda assim num nível superior ao verificado em março de 2020. Também para julho, os indicadores disponíveis – vendas de veículos, operações na rede multibanco e vendas de cimento – apontam para um abrandamento da atividade económica.

O PIB português, em termos reais, registou uma variação homóloga de 15,5% no 2º trimestre de 2021 (-5,3% no trimestre anterior), de acordo com a estimativa rápida das Contas Nacionais Trimestrais. Da mesma forma, "esta evolução é influenciada por um efeito de base (taxa de variação de -16,4% no 2º trimestre de 2020), uma vez que as restrições sobre a atividade económica em consequência da pandemia se fizeram sentir de forma mais intensa nos primeiros dois meses do segundo trimestre de 2020, conduzindo então a uma contração sem precedente da atividade económica".

O contributo da procura interna para a variação homóloga do PIB foi positivo e o contributo da procura externa líquida foi menos negativo no segundo trimestre, traduzindo sobretudo o aumento mais significativo das Exportações de Bens. Acresce que, no segundo trimestre de 2021, registou-se uma perda homóloga nos termos de troca, tendo o comportamento do deflator das importações sido influenciado, em larga medida, pelo crescimento pronunciado dos preços dos produtos energéticos.

"Comparativamente com o 1º trimestre de 2021, o PIB aumentou 4,9% em volume, mais que compensando a variação em cadeia negativa (-3,2%) observada nesse trimestre. Este resultado traduziu, em larga medida, o contributo positivo expressivo da procura interna para a variação em cadeia do PIB, após ter sido negativo no 1º trimestre. Em menor grau, refletiu ainda um contributo da procura externa líquida menos negativo no 2º trimestre de 2021", acrescenta o INE

(Notícia atualizada às 11h30)
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