Notícia
“É preciso acompanhar de perto o mercado imobiliário”, avisa FMI
O Fundo Monetário Internacional está preocupado com a evolução do mercado imobiliário e pede monitorização atenta. É preciso estar pronto a agir, frisa.
O Fundo Monetário Internacional pede ao Governo que monitorize de perto o mercado imobiliário. A instituição liderada por Christine Lagarde avisa que os riscos estão a subir e que as autoridades devem estar prontas a agir. O alerta foi deixado no relatório sobre a sexta avaliação pós-programa, publicado esta sexta-feira.
"É preciso monitorizar de perto os crescentes riscos do mercado imobiliário", avisa o FMI. O Fundo reconhece que a subida de preços que se tem vindo a verificar não está a ser conduzida pelo recurso ao crédito, mas nota que "as autoridades macroprudenciais devem manter-se vigilantes e estar prontas a agir para tomar medidas macroprudenciais adicionais se necessário". O objectivo será evitar a criação de desequilíbrios e reforçar a resiliência dos bancos e dos devedores.
Neste sentido, o FMI recomenda ao Governo que ponha o pé no acelerador melhore a qualidade da informação estatística sobre o imobiliário, bem como as ferramentas de análise. "É preciso dar também atenção continuada às condições de crédito", frisam ainda os peritos.
É que neste ponto a tendência de desalavancagem das famílias ainda se verifica, mas o ritmo a que está a ser concretizada tem vindo progressivamente a baixar, à medida que a concessão de crédito novo aumenta. "O ritmo de diminuição [do rácio da dívida sobre o rendimento disponível] tem vindo a moderar devido a um aumento no crédito ao consumo e para compra de habitação", lê-se no relatório. Segundo dados do segundo trimestre, a compra a crédito pesa já 45% do total.
Segundo o Fundo, desde 2013 os preços da habitação em Portugal subiram cerca de 20% em termos reais - na Zona Euro o aumento foi de 7% - tendo já recuperado o nível de 2009.
Perante o aviso, as autoridades nacionais sublinharam que "não há uma indicação clara desobreavaliação no mercado imobiliário neste momento", contudo reconheceram perante os peritos do FMI que será necessário acompanhar mais de perto os dados. Neste sentido, garantiram que os esforços para resolver falhas de informação estão a ser acentuados e que estão prontas a agir, nomeadamente no que toca à avaliação do risco na concessão de crédito por parte dos bancos.
"É preciso monitorizar de perto os crescentes riscos do mercado imobiliário", avisa o FMI. O Fundo reconhece que a subida de preços que se tem vindo a verificar não está a ser conduzida pelo recurso ao crédito, mas nota que "as autoridades macroprudenciais devem manter-se vigilantes e estar prontas a agir para tomar medidas macroprudenciais adicionais se necessário". O objectivo será evitar a criação de desequilíbrios e reforçar a resiliência dos bancos e dos devedores.
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O alarme sobre o mercado imobiliário tem vindo a soar. Se num primeiro momento o Banco de Portugal considerou que o aumento dos preços da habitação não colocava um problema de estabilidade - na medida em que a compra de imóveis estava sobretudo a ser suportada por capital estrangeiro - mais recentemente já adoptou medidas para controlar a concessão de crédito à habitação das famílias residentes.
É que neste ponto a tendência de desalavancagem das famílias ainda se verifica, mas o ritmo a que está a ser concretizada tem vindo progressivamente a baixar, à medida que a concessão de crédito novo aumenta. "O ritmo de diminuição [do rácio da dívida sobre o rendimento disponível] tem vindo a moderar devido a um aumento no crédito ao consumo e para compra de habitação", lê-se no relatório. Segundo dados do segundo trimestre, a compra a crédito pesa já 45% do total.
Segundo o Fundo, desde 2013 os preços da habitação em Portugal subiram cerca de 20% em termos reais - na Zona Euro o aumento foi de 7% - tendo já recuperado o nível de 2009.
Perante o aviso, as autoridades nacionais sublinharam que "não há uma indicação clara desobreavaliação no mercado imobiliário neste momento", contudo reconheceram perante os peritos do FMI que será necessário acompanhar mais de perto os dados. Neste sentido, garantiram que os esforços para resolver falhas de informação estão a ser acentuados e que estão prontas a agir, nomeadamente no que toca à avaliação do risco na concessão de crédito por parte dos bancos.