Professores, funcionários das câmaras, trabalhadores das alfândegas e pilotos da TAP prometem fazer greve ou manifestar-se nas próximas duas semanas, mesmo na véspera das eleições legislativas de 27 de Setembro à porta. Ao todo, são perto de 200 mil trabalhadores que aproveitam a derradeira oportunidade para se fazerem ouvir.

O objectivo é duplo e tem com destinatários Governo e oposição. Junto do primeiro, pretende-se que assuma compromissos, aproveitando a sua maior vulnerabilidade. Quanto aos segundos, a tentativa é a de conseguir obter compromissos para o futuro.

No dia 16 de Setembro, os funcionários da administração local, convocados pela CGTP, fazem greve para reclamarem progressões na carreira e a regularização da situação dos trabalhadores precários. Três dias depois é a vez dos professores saírem à rua, numa manifestação convocada por movimentos independentes. Na semana seguinte, os pilotos prometem uma greve de dois dias e nas alfândegas promete-se parar três dias para contestar as novas carreiras.