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Duisenberg diz ainda é cedo para determinar impacto dos atentados nos EUA
O presidente do BCE, Wim Duisenberg, defendeu hoje que o impacto dos ataques terroristas da semana passada ainda não pode ser determinado e considerou que o corte dos juros nos EUA faz parte da estratégia para suster a confiança dos consumidores.
«Ainda é demasiado cedo para determinar o impacto económico» dos atentados que afectaram as cidades norte-americanas de Nova Iorque e Washington, na passada terça-feira, defendeu Duisenberg, numa conferência de imprensa realizada em Helsínquia.
O líder da autoridade monetária europeia afirmou que o corte de 50 pontos base na taxa directora do FED, realizado hoje, «faz parte de uma estratégia para suster a confiança dos consumidores» norte-americanos, afastando a interpretação de que este poderia ser um «sinal de aviso» em relação à evolução da maior economia mundial nos próximos meses.
O mesmo responsável reiterou que «os bancos centrais têm-se mantido em contacto» e afirmou que as recentes injecções de liquidez nos mercados, efectuadas pelo BCE e pelo FED, não se destinaram a suster o valor do dólar.
Estas medidas «destinaram-se mais a manter a ordem nos mercados», referiu Wim Duisenberg.
A próxima reunião do BCE para decidir sobre a política monetária da Zona Euro vai realizar-se no dia 27 de Setembro, com os mercados na expectativa sobre uma possível redução do preço do dinheiro, para impulsionar o crescimento económico na Zona Euro.
Desde o início do ano, o BCE baixou por duas vezes a sua taxa directora, num total de 50 pontos base para os actuais 4,25%. Estas descidas comparam com os oito cortes já efectuados pelo FED, num total de 350 pontos base para os 3%, contabilizando a redução de 50 pontos base decretada hoje.