Notícia
Draghi diz aos governos que a "boa" dívida pode salvar as economias
O antigo líder do Banco Central Europeu alertou os governos para o uso transparente e responsável da gigante emissão de dívida conjunta.
Mario Draghi, antigo líder do Banco Central Europeu (BCE), alertou os governos para que utilizem os estímulos massivos que desenvolveram para melhorar as suas economias, e não apenas para se salvarem desta crise, ou então mais cedo ou mais tarde vão enfrentar uma nova crise de dívida soberana.
Na sua primeira conferência de imprensa após ter abandonado o cargo de presidente do BCE, em outubro do ano passado, Draghi apelou a políticas económicas credíveis para evitar uma desilusão entre os jovens, que terão de pagar o custo das políticas atuais para travar o impacto económico do coronavírus.
"Se a dívida for usada para fins improdutivos, será vista apenas como acumulação de 'má' dívida e a sua sustentabilidade será corroída", disse o ex-líder do BCE, na abertura do encontro de Rimini, em Itália, acrescentando que "as baixas taxas de juro não são, em si, uma garantia de sustentabilidade".
Draghi avisa que as instituições europeias e os mercados financeiros só irão a financiar "dívida boa", caso ela esteja a ser usada para investir em recursos humanos, infraestruturas ou investigação.
Os comentários de Draghi surgem numa altura em que os governos em todo o mundo - preocupados com o nível de dívida crescente - trazem para o debate as dúvidas acerca da extensão do apoio à crise.
Os jovens no centro das preocupações
Draghi diz que a atual intervenção governamental extraordinária é necessária para combater as grandes proporções desta crise, mas apelou a mais transparência e responsabilidade, principalmente junto dos mais jovens, que podem ser ameaçados pelas atuais políticas, se não forem usadas com conta, peso e medida.
"Precisamos de apoiar os jovens e investir na sua educação e formação. Só assim poderemos dizer, em particular aos mais jovens da sociedade, que a melhor forma de encontrar a sua orientação no presente é projetar já o seu futuro", alerta o economista italiano.
Este reforço da sua preocupação com os mais novos não é nova. Quando abandonou o cargo de governador do Banco de Itália, há 15 anos, Draghi alertava que a educação dos jovens em Itália estava a ser deixada para segundo plano, e tal não podia acontecer, depois das notas dos exames dessa altura terem ficado muito aquém da média europeia.
"Os países estão habituados a sobreviver e a recomeçar", sublinha, alertando que quando os atuais apoios terminarem, o risco de os jovens ficarem reféns das políticas é elevado. "A falta de qualificação profissional, que poderá sacrificar a sua liberdade de escolha e os seus rendimentos futuros" deverá ser uma preocupação do presente, afirma.
Na sua primeira conferência de imprensa após ter abandonado o cargo de presidente do BCE, em outubro do ano passado, Draghi apelou a políticas económicas credíveis para evitar uma desilusão entre os jovens, que terão de pagar o custo das políticas atuais para travar o impacto económico do coronavírus.
"Se a dívida for usada para fins improdutivos, será vista apenas como acumulação de 'má' dívida e a sua sustentabilidade será corroída", disse o ex-líder do BCE, na abertura do encontro de Rimini, em Itália, acrescentando que "as baixas taxas de juro não são, em si, uma garantia de sustentabilidade".
Os comentários de Draghi surgem numa altura em que os governos em todo o mundo - preocupados com o nível de dívida crescente - trazem para o debate as dúvidas acerca da extensão do apoio à crise.
Os jovens no centro das preocupações
Draghi diz que a atual intervenção governamental extraordinária é necessária para combater as grandes proporções desta crise, mas apelou a mais transparência e responsabilidade, principalmente junto dos mais jovens, que podem ser ameaçados pelas atuais políticas, se não forem usadas com conta, peso e medida.
"Precisamos de apoiar os jovens e investir na sua educação e formação. Só assim poderemos dizer, em particular aos mais jovens da sociedade, que a melhor forma de encontrar a sua orientação no presente é projetar já o seu futuro", alerta o economista italiano.
Este reforço da sua preocupação com os mais novos não é nova. Quando abandonou o cargo de governador do Banco de Itália, há 15 anos, Draghi alertava que a educação dos jovens em Itália estava a ser deixada para segundo plano, e tal não podia acontecer, depois das notas dos exames dessa altura terem ficado muito aquém da média europeia.
"Os países estão habituados a sobreviver e a recomeçar", sublinha, alertando que quando os atuais apoios terminarem, o risco de os jovens ficarem reféns das políticas é elevado. "A falta de qualificação profissional, que poderá sacrificar a sua liberdade de escolha e os seus rendimentos futuros" deverá ser uma preocupação do presente, afirma.