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Dombrovskis: "Para reagir a pressões inflacionistas também deve haver aumentos salariais. Mas equilíbrio é delicado"

O vice-presidente da Comissão Europeia diz os aumentos salariais também servem para combater as pressões inflacionistas. Mas o equilíbrio é delicado. Comissão Europeia quer proposta legislativa sobre regras europeias na primavera e espera consenso no Conselho Europeu de março.

Lusa_EPA
17 de Janeiro de 2023 às 13:01
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O vice-presidente da Comissão Europeia com a pasta da Economia, Valdis Dombrovskis, afirmou nesta terça-feira que os aumentos salariais também são uma forma de reagir às pressões inflacionistas, admitindo que a margem para o fazer depende de um "equilíbrio delicado" para que isso não alimente a subida de preços. 

"A reação às pressões de subida de preços também exige ajustamentos salariais. Mas ao mesmo tempo é preciso evitar espirais salários-preços", em que os aumentos dos salários alimentam mais subidas da inflação, afirmou Valdis Dombrovskis. O vice-presidente da Comissão falava em conferência de imprensa depois da reunião do Ecofin desta terça-feira, 17 de janeiro, e respondia aos jornalistas sobre a margem existente para aumentar salários este ano, tanto no privado como no público.

"É uma política que exige encontrar um balanço delicado. Deve ser monitorizado de perto", acrescentou.

Na preparação das reuniões do Eurogrupo e do Ecofin, Bruxelas preparou um relatório com recomendações de política para o próximo ano na zona euro, dando um destaque especial aos salários e defendendo que os salários devem crescer mais para atenuar as perdas de poder de compra, mas também para ajudar a controlar a inflação.

Primeiro porque prevê que os salários em Portugal cresçam menos este ano do que em 2022 e abaixo da média da Zona Euro. Mas mais do que isso: Bruxelas diz os aumentos previstos para 2023 não compensam a perda de poder de compra, como estima que podem mesmo ficar abaixo de subidas programadas, e contidas, destinadas a limitar impactos na inflação (caso do referencial de 5,1% acordado em Portugal).

Depois, Bruxelas diz que não há sinais de que a subida de salários esteja a pressionar a inflação. Ao contrário do que se temia, não há ainda efeitos de "segunda ordem" no aumento de preços, referem os responsáveis europeus. 

Assim, e por antecipar que só em 2024 as famílias comecem a recuperar poder de compra, Bruxelas defende que "a calibração dos salários deve apoiar o poder de compra dos trabalhadores, ao mesmo tempo que ajuda a aliviar a pressão sobre os preços". Para isso, chama os parceiros sociais à discussão. 

Bruxelas quer apresentar proposta legislativa sobre regras europeias em breve

No final da reunião do Ecofin, Valdis Dombrovskis disse ainda que a Comissão Europeia quer apresentar a sua proposta legislativa sobre a revisão das regras orçamentais "em poucos meses, na primavera".

Por isso, o responsável disse que "será 
importante chegar a um acordo o mais alargado sobre o assunto no Conselho Europeu de março". 

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