Notícia
Disputa de votos está renhida e "é prematuro MPLA cantar vitória", diz analista
"Nós estamos a ter uma corrida muito apertada, muito renhida, e só com a divulgação final dos resultados entenderemos se cada partido político conseguiu eleger quantos deputados e também o vencedor", diz Osvaldo Mboco.
25 de Agosto de 2022 às 14:11
O analista político Osvaldo Mboco defendeu esta quinta-feira que ainda é "prematuro o MPLA cantar vitória" nas eleições gerais angolanas porque a disputa "está renhida", com o partido no poder a aparecer em vantagem (52,08%) sobre a UNITA (42,98%).
"Claro é muito prematuro cantar vitória, porque o MPLA tem 52,08% e a UNITA tem 42,98%, quer dizer que a diferença entre ambos não é superior a 9%, se ainda tem 14% para ser apurado então, logo, é prematuro (o MPLA) cantar vitória", afirmou Osvaldo Mboco, em declarações à Lusa.
"Nós estamos a ter uma corrida muito apertada, muito renhida, e só com a divulgação final dos resultados entenderemos se cada partido político conseguiu eleger quantos deputados e também o vencedor, porque, como deves calcular, maioria simples em Angola constitui Governo", sustentou.
A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana anunciou esta quinta-feira que o MPLA (poder) mantém vantagem, com 52,08% dos votos, seguido da UNITA (oposição), com 42,98%, quando estão escrutinados 86,41% dos votos das eleições gerais desta quarta-feira.
Com 77,12% dos votos apurados em Luanda, a União Nacional para a Libertação Total de Angola (UNITA) lidera com 62,93% dos votos e o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) segue em segunda posição com 33,06%, anunciou o porta-voz da CNE, Lucas Quilundo.
Para Osvaldo Mboco, os resultados nacionais provisórios indicam que o MPLA lidera pelo círculo nacional, que elege 130 deputados, "e é sinónimo de que o MPLA conseguirá eleger mais deputados pelo círculo nacional em comparação aos outros partidos".
Cada círculo provincial, distribuídos pelas 18 províncias angolanas, elege cinco deputados cada, perfazendo 90 deputados. As eleições gerais angolanas elegem na globalidade 220 deputados (130 pelo círculo nacional e 90 pelo círculo provincial).
A UNITA lidera a preferência dos eleitores em Luanda, maior praça política do país, e o mesmo acontece na província do Zaire, em comparação com o MPLA, sendo que em Cabinda a disputa entre ambos está quase equilibrada.
"Em Luanda faltam basicamente menos de 20% para serem escrutinados, é um indicador de que poderemos ter a UNITA a dar 5/2 no MPLA, e também no Zaire é o mesmo indicador", observou Osvaldo Mboco.
"Com esse número global de votos, quer dizer que faltam aproximadamente 14% de votos a serem escrutinados e essa percentagem ainda é significativa para alterar a votação que nós temos de forma provisória", rematou o analista político angolano.
As quintas eleições gerais em Angola perpetuaram a disputa entre os dois principais partidos do país, o MPLA (Governo) e a UNITA, oposição, que tentam conquistar a maioria dos 220 lugares da Assembleia Nacional.
João Lourenço, atual Presidente, tenta um segundo mandato e tem como principal adversário Adalberto Costa Júnior.
"Claro é muito prematuro cantar vitória, porque o MPLA tem 52,08% e a UNITA tem 42,98%, quer dizer que a diferença entre ambos não é superior a 9%, se ainda tem 14% para ser apurado então, logo, é prematuro (o MPLA) cantar vitória", afirmou Osvaldo Mboco, em declarações à Lusa.
A Comissão Nacional Eleitoral (CNE) angolana anunciou esta quinta-feira que o MPLA (poder) mantém vantagem, com 52,08% dos votos, seguido da UNITA (oposição), com 42,98%, quando estão escrutinados 86,41% dos votos das eleições gerais desta quarta-feira.
Com 77,12% dos votos apurados em Luanda, a União Nacional para a Libertação Total de Angola (UNITA) lidera com 62,93% dos votos e o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) segue em segunda posição com 33,06%, anunciou o porta-voz da CNE, Lucas Quilundo.
Para Osvaldo Mboco, os resultados nacionais provisórios indicam que o MPLA lidera pelo círculo nacional, que elege 130 deputados, "e é sinónimo de que o MPLA conseguirá eleger mais deputados pelo círculo nacional em comparação aos outros partidos".
Cada círculo provincial, distribuídos pelas 18 províncias angolanas, elege cinco deputados cada, perfazendo 90 deputados. As eleições gerais angolanas elegem na globalidade 220 deputados (130 pelo círculo nacional e 90 pelo círculo provincial).
A UNITA lidera a preferência dos eleitores em Luanda, maior praça política do país, e o mesmo acontece na província do Zaire, em comparação com o MPLA, sendo que em Cabinda a disputa entre ambos está quase equilibrada.
"Em Luanda faltam basicamente menos de 20% para serem escrutinados, é um indicador de que poderemos ter a UNITA a dar 5/2 no MPLA, e também no Zaire é o mesmo indicador", observou Osvaldo Mboco.
"Com esse número global de votos, quer dizer que faltam aproximadamente 14% de votos a serem escrutinados e essa percentagem ainda é significativa para alterar a votação que nós temos de forma provisória", rematou o analista político angolano.
As quintas eleições gerais em Angola perpetuaram a disputa entre os dois principais partidos do país, o MPLA (Governo) e a UNITA, oposição, que tentam conquistar a maioria dos 220 lugares da Assembleia Nacional.
João Lourenço, atual Presidente, tenta um segundo mandato e tem como principal adversário Adalberto Costa Júnior.