Com a pressão da Nova Economia para contratar mais trabalhadores, a taxa de desemprego em França atingiu, no mês de Abril, o seu valor mais baixo nos últimos oito anos, nos 9,8%. Em 1997 a taxa de desemprego da França ascendia a 12,6%.

De acordo com Jean-Philippe Dauvin, economista chefe da STMicroelectronics, em declarações à agência Bloomberg, o desemprego vai continuar a descer enquanto a despesa continuar a aumentar.

O facto de algumas empresas não conseguirem encontrar pessoal qualificado levou Jean Claude Trichet, governador do Banco Central de França, a afirmar um possível aumento da inflação, mesmo com o Banco Central Europeu (BCE) a aumentar a taxa de juro de modo a tentar travar o aumento dos preços.

A descida do euro face ao dólar verificou-se numa vantagem para as exportações francesas, pois as empresas que conseguem agora vender mais facilmente os seus produtos no estrangeiro, têm mais incentivos ao investimento e ao recrutamento.

A maior confiança na economia por parte da indústria que investe mais, leva-a a seguir os passos das empresas da «Nova Economia», começando a contratar mais pessoal.

Contudo, não é só o dinamismo das empresas que levou à queda do desemprego. Também as várias políticas governamentais foram um factor decisivo. A criação de programas de emprego para jovens, a redução do horário laboral por semana e cortes nos descontos sobre os salários médios das empresas, foram algumas das políticas que provocaram uma diminuição do desemprego.