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Desemprego volta a aumentar em agosto. Número supera os 409 mil
O número de desempregados inscritos nos serviços do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) aumentou novamente em agosto, para 409.331. É o valor mais elevado desde janeiro de 2018.
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"No fim do mês de agosto de 2020, estavam registados, nos Serviços de Emprego do Continente e Regiões Autónomas, 409.331 indivíduos desempregados, número que representa 74,5% de um total de 549.549 pedidos de emprego", adianta o IEFP, esta segunda-feira.
Ou seja, há mais 2.029 indivíduos em agosto face a julho deste ano e mais 105.011 desempregados em comparação com agosto de 2019, mostram os dados.
O mês de agosto é, portanto, o segundo mês consecutivo em que se regista um aumento do número de desempregados. De acordo com a série longa disponibilizada pelo Ministério do Trabalho e Segurança Social, situa-se agora no nível mais elevado desde janeiro de 2018.
Os dados mostram ainda, a nível regional, o desemprego registado aumentou na generalidade das regiões, com excepção da Região Autónoma dos Açores. "Dos aumentos homólogos, o mais pronunciado deu-se na região do Algarve (+177,8%). No oposto encontra-se a região dos Açores com -1,3%", adianta o IEFP.
"No que respeita à atividade económica de origem do desemprego, dos 355.053 desempregados que, no final do mês em análise, estavam inscritos como candidatos a novo emprego, nos Serviços de Emprego do Continente, 72,8% tinham trabalhado em atividades do sector dos 'serviços', com destaque para as 'Atividades imobiliárias, administrativas e dos serviços de apoio' (29,1%); 21,0% eram provenientes do setor 'secundário', com particular relevo para a 'Construção' (6,2%)"; ao sector 'agrícola' pertenciam 3,8% dos desempregados".
43 mil novos desempregados
Já o número de pessoas que se inscreveu ao longo do mês de agosto nos centros de emprego (o chamado "fluxo") recuou 8,1% em cadeia mas subiu 13,9% face a agosto do ano anterior.
Foram cerca de 43 mil as pessoas que se inscreveram como novas desempregadas, um número que fica abaixo do que foi registado entre março e julho, mas acima dos níveis pré-pandemia