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Défice português tem terceiro maior recuo Zona Euro no 2.º trimestre

O rácio da dívida pública situou-se, no segundo trimestre, nos 98,3% do PIB na Zona Euro e nos 90,9% na União Europeia (UE), mantendo Portugal o terceiro maior entre os Estados-membros (135,4%), segundo o Eurostat.

Mariline Alves
22 de Outubro de 2021 às 11:34
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Os défices orçamentais da Zona Euro e da União Europeia (UE) recuaram, entre abril e junho, pelo terceiro trimestre consecutivo face ao período anterior, fixando-se em 6,9% e 6,3% do PIB, divulgou esta sexta-feira o Eurostat.

No segundo trimestre, o défice orçamental da Zona Euro foi de 6,9% do Produto Interno Bruto (PIB), um recuo face ao de 7,1% do período anterior, mas muito acima dos 0,4% do PIB do trimestre homólogo.

Na UE, o défice orçamental foi de 6,3% do PIB, abaixo dos 6,6% dos primeiros três meses do ano, mas muito superior ao homólogo (0,3%).

De acordo com os dados do gabinete estatístico europeu, no segundo trimestre de 2021, a maioria dos Estados-membros registou um défice orçamental, à exceção do Luxemburgo e da Dinamarca que registaram excedentes orçamentais de, respetivamente, 3,6% e 0,4% do PIB.

A França (9,6% do PIB), a Hungria (8,5%) e a Espanha (7,3%) apresentaram os valores dos défices mais elevados. Portugal registou, entre abril e junho, um valor do défice de 4,5% do PIB, um recuo de 0,3 pontos percentuais face ao primeiro trimestre, mas muito acima dos -0,9 do período homólogo.

Portugal mantém terceira maior dívida pública da UE
O rácio da dívida pública situou-se, no segundo trimestre, nos 98,3% do PIB na Zona Euro e nos 90,9% na União Europeia (UE), mantendo Portugal o terceiro maior entre os Estados-membros (135,4%), segundo o Eurostat.

A Zona Euro apresentou, entre abril e junho, um peso da dívida pública de 98,3% do Produto Interno Bruto (PIB), um recuo face aos 100% do trimestre anterior, mas acima dos 94,4% homólogos.

Na UE a dívida pública foi, no segundo trimestre, de 90,9% do PIB, um recuo em cadeia (98,3%) mas uma aceleração homóloga (87,2%).

Tanto para a Zona Euro como para a UE, explica o Eurostat, o declínio do rácio da dívida pública no final do segundo trimestre deveu-se à recuperação do PIB ligada à retoma económica, tendo a dívida continuado a aumentar para financiar as medidas postas em prática para mitigar o impacto económico e social da pandemia da covid-19.

Os rácios mais elevados da dúvida pública em relação ao PIB foram registados, no segundo trimestre, na Grécia (207,2%), em Itália (156,3%) e em Portugal (135,4%) e os mais baixos na Estónia (19,6%), na Bulgária (24,7%) e no Luxemburgo (26,2%).

A dívida pública portuguesa teve a quarta maior descida (-3,7 pontos percentuais) em cadeia e a quarta maior subida (9,1 pontos), entre os Estados-membros, quando comparada com o segundo trimestre de 2020.

Face ao trimestre homólogo, entre abril e junho, 24 Estados-membros viram o peso da dívida aumentar em relação ao PIB, com os maiores avanços a serem registados na Grécia (15,9 pontos percentuais), em Espanha (12,5 pontos), em Malta (10,8 pontos) e em Portugal (9,1 pontos).

Três países viram a dívida pública recuar face ao segundo trimestre de 2020: Irlanda (-3,1 pontos percentuais), Dinamarca (-1,5 pontos) e Países Baixos (-0,8 pontos).
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