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Debate entre candidatos na televisão encerra campanha eleitoral no Brasil

A campanha eleitoral para as presidenciais brasileiras termina hoje à noite com um debate na Rede Globo de Televisão, a maior emissora do país, para o qual foram convidados os quatro principais candidatos.

28 de Setembro de 2006 às 09:32
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A campanha eleitoral para as presidenciais brasileiras termina hoje à noite com um debate na Rede Globo de Televisão, a maior emissora do país, para o qual foram convidados os quatro principais candidatos.

O único que não confirmou presença no debate foi o actual presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, que ainda não participou em nenhum debate televisivo nesta campanha eleitoral.

Assessores do actual presidente admitem que Lula da Silva teme transformar-se em alvo de ataques dos seus principais adversários, nomeadamente porque é o favorito para vencer as presidenciais já na primeira volta, a realizar domingo.

Outro temor de Lula da Silva é que sua presença seja utilizada pelos adversários para tratar somente do mais recente escândalo de corrupção que envolveu membros de seu governo e do Partido dos Trabalhadores (PT).

Há pouco menos de duas semanas, membros do PT foram detidos ao tentar adquirir um dossier com supostos documentos que seriam utilizados na recta final de campanha, na tentativa de prejudicar os adversários de Lula da Silva.

O caso está a ser comparado pela imprensa brasileira ao escândalo do Watergate, nos Estados Unidos, que resultou na renúncia do presidente Richard Nixon.

A Polícia Federal brasileira, subordinada ao presidente, iniciou as investigações há 13 dias, mas ainda não apontou a origem de 1,7 milhões de reais (607 mil euros) apreendidos com os membros do PT para a compra do dossier.

"Há pessoas que estão a omitir a verdade", afirmou o candidato do Partido da Social Democracia Brasileiro (PSDB), Geraldo Alckmin, principal adversário de Lula da Silva.

"Porque razão é que a Polícia só vai divulgar a origem desse dinheiro depois das eleições de domingo?", questionou o candidato apoiado pelos sociais-democratas, um dos alvos do dossier preparado pelo comité de campanha de Lula da Silva.

Pela legislação brasileira, o candidato é responsável pela origem do dinheiro utilizado na sua campanha eleitoral e pode ver seu mandato ser anulado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) caso seja detectada alguma ilegalidade.

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