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Custo do trabalho sobe 6% com mão de obra mais cara e menos horas de trabalho
Os aumentos dos custos do trabalho foram transversais a todas as atividades económicas.
O Índice de Custo do Trabalho (ICT) registou um aumento de 6% no terceiro trimestre deste ano, comparando aos mesmos meses de 2019. Ainda assim, este salto foi inferior ao de mais de 14% registado no trimestre anterior.
Até setembro, a "evolução resultou do aumento de 2,7% no custo médio por trabalhador e da redução de 2,9% no número de horas efetivamente trabalhadas por trabalhador", justifica o Instituto Nacional de estatística, que publica estes dados nesta sexta-feira, 13 de novembro.
Ambas as componentes subiram transversalmente, abarcando todas as atividades económicas. No trimestre anterior, a Administração Pública havia sido a única exceção, exibindo um aumento.
Desagregando os constituintes do custo do trabalho por hora efetivamente trabalhada – custos salariais e outros custos –, estes aumentaram 6,2% e 4,9%, respetivamente, em relação ao mesmo período do ano anterior.
Estas variações foram significativamente inferiores às observadas no trimestre anterior, pois o aumento do custo médio por trabalhador (2,7% face aos 0,7% dos três meses anteriores) ter sido mais do que compensado pela muito menor diminuição, de 2,9%, das horas efetivamente trabalhadas por trabalhador, que no segundo trimestre tinham diminuído 12,9%.
Nas atividades que se enquadram no setor privado, o acréscimo do ICT foi de 5,6%, menos que os 6,5% do setor público. No privado, os serviços foram os que mais agravaram (6,9%), seguidos da indústria (3,8%) e da construção (3,2%).