Notícia
Cristas acusa Governo de "grande incompetência" na gestão dos incêndios
A presidente do CDS considera que o Governo mostrou "inacção" e "grande incompetência" na preparação dos meios para o combate aos incêndios de Outubro.
21 de Março de 2018 às 13:28
A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, acusou hoje o Governo de revelar uma "grande incompetência" na preparação dos meios para o combate aos incêndios de Outubro ao comentar o relatório da Comissão Técnica Independente sobre esta questão.
"Este relatório, infelizmente, vem dar razão ao CDS em tudo o que nós dizíamos sobre a inacção e a incompetência do Governo", sustentou a líder centrista, adiantando que o executivo "permitiu que a tragédia se repetisse de novo sem ter aprendido nada com as lições de Pedrogão" Grande.
Assunção Cristas falava esta manhã em Vale de Cambra, onde participou numa acção de limpeza de terrenos promovida pela Câmara local liderada pelo CDS-PP.
A Comissão Técnica Independente entregou na terça-feira ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, o relatório sobre os incêndios de Outubro na região Centro, na presença de representantes de todos os grupos parlamentares.
Os incêndios de 15 e 16 de Outubro passado atingiram 27 concelhos da região Centro e fizeram 45 mortos e cerca de 70 feridos.
A líder centrista considerou que apesar de o Governo já ter a experiência trágica de Junho, "não soube planear, não soube prevenir, não soube atacar e combater os incêndios como devia ser", tendo as populações "ficaram votadas ao abandono sozinhas".
"Nós vimos uma desgraça em Junho e exigimos ao Governo que tomasse medidas para que não se voltasse a repetir. A verdade é que passou todo o período de verão, entrámos no outono, houve alertas meteorológicos gravíssimos a dizer que a situação era de risco vermelho. A verdade é que o Governo não preparou, não aprontou meios e os pedidos que foram feitos pela Autoridade Nacional de Protecção Civil para terem mais meios pré-preparados no terreno não foram aceites na sua totalidade", disse.
A líder centrista considerou ainda "muito importante" estas operações de limpeza de terrenos, mas referiu que isso não exclui que tenha de haver "outra preparação, outro cuidado e outra atenção" da parte do Governo na preparação do ataque aos fogos.
"Nós o que exigimos é que tudo seja preparado com prontidão", realçou, lembrando que estamos quase em Abril e ainda não está concluído o concurso dos meios aéreos.
Assunção Cristas defendeu também a necessidade de apurar a fundo todos os responsáveis pelos fogos, adiantando que "a esmagadora maioria dos incêndios em Portugal ocorre por causa humana e uma parte é por negligencia e outra parte é por mão criminosa".
"É preciso trabalhar intensamente junto das populações para evitar comportamentos negligentes e fiscalizar as situações de crime", concluiu.
Antes de falar aos jornalistas, a presidente do CDS-PP esteve durante cerca de 20 minutos a cortar mato seco com uma roçadora, num terreno municipal à beira da estrada, no perímetro da zona industrial da Calvela, acompanhada pelos deputados do CDS-PP João Almeida e António Carlos Monteiro e pelo presidente da Câmara, José Pinheiro.
Na mesma ocasião, o autarca criticou a pressão que o Governo está a exercer sobre os municípios para proceder à limpeza dos terrenos, defendendo que devia haver uma "diferenciação positiva" em termos de obrigações para os municípios com planos municipais de defesa da floresta contra incêndios.
"Não nos vamos furtar ao cumprimento. Vamos tentar dentro daquilo que é humanamente e mecanicamente possível cumprir. Agora não nos peçam é que em dois meses possamos fazer aquilo que não se fez em dezenas de anos", disse o autarca, solicitando um alargamento do prazo.
"Este relatório, infelizmente, vem dar razão ao CDS em tudo o que nós dizíamos sobre a inacção e a incompetência do Governo", sustentou a líder centrista, adiantando que o executivo "permitiu que a tragédia se repetisse de novo sem ter aprendido nada com as lições de Pedrogão" Grande.
A Comissão Técnica Independente entregou na terça-feira ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, o relatório sobre os incêndios de Outubro na região Centro, na presença de representantes de todos os grupos parlamentares.
Os incêndios de 15 e 16 de Outubro passado atingiram 27 concelhos da região Centro e fizeram 45 mortos e cerca de 70 feridos.
A líder centrista considerou que apesar de o Governo já ter a experiência trágica de Junho, "não soube planear, não soube prevenir, não soube atacar e combater os incêndios como devia ser", tendo as populações "ficaram votadas ao abandono sozinhas".
"Nós vimos uma desgraça em Junho e exigimos ao Governo que tomasse medidas para que não se voltasse a repetir. A verdade é que passou todo o período de verão, entrámos no outono, houve alertas meteorológicos gravíssimos a dizer que a situação era de risco vermelho. A verdade é que o Governo não preparou, não aprontou meios e os pedidos que foram feitos pela Autoridade Nacional de Protecção Civil para terem mais meios pré-preparados no terreno não foram aceites na sua totalidade", disse.
A líder centrista considerou ainda "muito importante" estas operações de limpeza de terrenos, mas referiu que isso não exclui que tenha de haver "outra preparação, outro cuidado e outra atenção" da parte do Governo na preparação do ataque aos fogos.
"Nós o que exigimos é que tudo seja preparado com prontidão", realçou, lembrando que estamos quase em Abril e ainda não está concluído o concurso dos meios aéreos.
Assunção Cristas defendeu também a necessidade de apurar a fundo todos os responsáveis pelos fogos, adiantando que "a esmagadora maioria dos incêndios em Portugal ocorre por causa humana e uma parte é por negligencia e outra parte é por mão criminosa".
"É preciso trabalhar intensamente junto das populações para evitar comportamentos negligentes e fiscalizar as situações de crime", concluiu.
Antes de falar aos jornalistas, a presidente do CDS-PP esteve durante cerca de 20 minutos a cortar mato seco com uma roçadora, num terreno municipal à beira da estrada, no perímetro da zona industrial da Calvela, acompanhada pelos deputados do CDS-PP João Almeida e António Carlos Monteiro e pelo presidente da Câmara, José Pinheiro.
Na mesma ocasião, o autarca criticou a pressão que o Governo está a exercer sobre os municípios para proceder à limpeza dos terrenos, defendendo que devia haver uma "diferenciação positiva" em termos de obrigações para os municípios com planos municipais de defesa da floresta contra incêndios.
"Não nos vamos furtar ao cumprimento. Vamos tentar dentro daquilo que é humanamente e mecanicamente possível cumprir. Agora não nos peçam é que em dois meses possamos fazer aquilo que não se fez em dezenas de anos", disse o autarca, solicitando um alargamento do prazo.