Notícia
Crise faz disparar dívidas incobráveis nos condomínios
A crise económica e o consequente aumento da entrega de casas aos bancos estão a levar a uma subida das dívidas incobráveis dos condomínios. Ninguém avança números, mas as cada vez maiores dificuldades em fazer estas cobranças são assumidas pelas associações do sector.
“Dívidas ou atrasos nos pagamentos do condomínio sempre existiram, o que está a aumentar de forma exponencial são os incobráveis”, explicou ao "Público" Vítor Amaral, presidente da APEGAC – Associação Portuguesa de Empresas de Gestão e Administração de Condomínio, que reúne mais de 200 empresas que prestam este tipo de serviço.
Também para a APEMI – Associação dos Profissionais de Empresas de Mediação Imobiliária em Portugal constata o mesmo problema e alerta para as consequências que o aumento dos incobráveis poder tornar “explosiva” a degradação do parque imobiliário português, em particular nos edifícios destinados ao comércio e serviços, refere o mesmo diário.
As situações em que os atrasos no pagamento das quotas de condomínio se tornam incobráveis são várias e, nalguns casos, mais frequentes em tempos de crise. É o que acontece nas execuções de hipotecas por parte dos bancos: na maior parte das situações, o valor do imóvel não cobre a totalidade do empréstimo, pelo que dívidas ao condomínio ficam por pagar.
Também nas situações em que os imóveis são vendidos e há dívidas em atraso estas não podem ser cobradas ao novo proprietário.