A crise económica e financeira poderá levar a uma redução significativa da emissão de gases que provocam o efeito de estufa. Em 2020, as emissões de dióxido de carbono para a atmosfera deverão ser 5% inferiores ao inicialmente previsto pelos cientistas, fruto da quebra da actividade das empresas.

De acordo com um estudo hoje apresentado pela Agência Internacional de Energia (AIE), em 2020, a emissão de gases responsáveis pelo aquecimento global deverá ser 5% inferior ao que se esperava há um ano atrás.

Este poderá ser um dos efeitos positivos da crise económica, que levou à redução da produção industrial e do consumo de energia, levando por sua vez à quebra das emissões de dióxido de carbono, um dos principais responsáveis pelo efeito de estufa.

O relatório da AIE foi apresentado em Banguecoque durante uma reunião para preparar a cimeira do clima que decorrerá em Copenhaga no início de Dezembro. Neste encontro, os países do mundo tentarão chegar a um novo acordo para limitar as emissões de gases que provocam o efeito de estufa e travar o aquecimento global. O novo acordo deverá vigorar depois de 2013 e pela primeira vez envolverá as economias emergentes como a China, o Brasil e a Índia. E

Em meados de Setembro, a AIE já tinha alertado que em 2008 se tinha verificado uma redução sem paralelo das emissões de dióxido de carbono, em consequência da pior recessão desde a Segunda Guerra Mundial e de uma maior aposta dos Governo em programas de eficiência energética.