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Cravinho: "Teimosia de Sócrates foi altamente lesiva para o país"

João Cravinho defende um Governo económico único para salvar o euro. À rádio Renascença, o antigo ministro socialista culpa ainda José Sócrates pela situação a que chegou Portugal.

19 de Julho de 2011 às 09:23
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Em declarações à Rádio Renascença,J oão Cravinho diz que, neste momento, é toda a união monetária que está em risco. O antigo ministro socialista e actual administrador do Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento (BERD), sedeado em Londres, considera que a união monetária europeia só poderá sobreviver com um governo económico e financeiro comum.

“O euro só pode subsistir se tiver atrás de si uma fortíssima componente política, traduzida na existência de uma tesouraria comum, um Governo económico e financeiro. Hoje, quem tem a cabeça no cepo não é Papandreou, não é Portugal, não é Irlanda, é toda a União Europeia, a senhora Merkel em primeiro lugar”.


Em seu entender, a União Europeia reagiu tarde demais à crise da dívida soberana e, em termos nacionais, responsabiliza o Governo socialista, em particular o ex-primeiro-ministro José Sócrates, pelo estado a que chegou o país.


“O Governo do Partido Socialista podia ter tido uma atitude diferente. Não era preciso ser um génio para perceber, em Setembro de 2008, a seguir ao Lehman Brothers, que ia haver uma contracção de crédito brutal, que iria atingir não só as empresas como até a dívida soberana. Era, portanto, preciso reduzir esse endividamento absolutamente extraordinário. É claro que o ministro das Finanças percebeu, não tenho a menor dúvida, mas temos que ver que a teimosia do primeiro-ministro foi altamente lesiva para o país”, acusa.
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