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Covid-19: Moradores sem condições para isolamento podem ir para pousadas de juventude

Saúde, Segurança Social e autarquias vão encontrar soluções para pessoas que tenham de ficar em confinamento domiciliário, mas não tenham condições para isso. A rede de pousadas da juventude será uma das possibilidades.

Lusa
30 de Maio de 2020 às 15:32
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O Governo vai identificar locais alternativos para o confinamento domiciliário sempre que se comprove que as habitações não tenham condições de habitabilidade para se cumprir o isolamento, afirmou este sábado a ministra da Saúde. Em articulação comdiversas entidades, designadamente os municípios, serão identificadosidentificar locais alternativos "para o confinamento domiciliário quando se comprove que as condições de habitabilidade" não reúnem os critérios para o isolamento.

Em Loures, região que se encontra pressionada com o aparecimento de novos casos, o Governo assegura que há hospitais prontos para ajudar o Hospital Beatriz Ângelo, que sexta-feira tinha ocupadas nove das 10 camas em Unidades de Cuidados Intensivos para a covid-19.

Marta Temido falava durante a conferência de imprensa diária de balanço sobre a pandemia em Portugal e explicou que esta é uma das medidas da estratégia de contenção de casos na região de Lisboa, que tem representado, nos últimos oito dias, 85% dos novos casos de covid-19 registados no país.

Em resposta à agência Lusa, a ministra aclarou que a solução está a ser preparada, tal como já foi usada no passado para utentes de lares, a partir da rede de Pousadas da Juventude e da colaboração de outros parceiros. "O que estamos a considerar é uma atuação conjunta, entre Saúde, Segurança Social e outras entidades, no sentido de também aqui em Lisboa essas estruturas poderem ser direcionadas para esta população-alvo", acrescentou.

A criação de um plano de realojamento de emergência para as pessoas que vivam em habitações precárias e sobrelotadas foi anunciado pelo Governo na sexta-feira, após o Conselho de Ministros, que aprovou medidas para a terceira fase de desconfinamento no âmbito da covid-19.

A estratégia de contenção focada na região de Lisboa prevê também o rastreio de infeção pelo novo coronavírus "focado nas atividades em que se têm verificado maior incidência e surtos da doença", nomeadamente nas áreas ligadas à construção civil, cadeias de abastecimento, transporte e distribuição, setores caracterizados por uma "grande rotatividade dos trabalhadores" e recurso ao trabalho temporário, afirmou Marta Temido.

Segundo a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, também presente na conferência de imprensa, já foram identificados cerca de 140 casos positivos na construção civil, tratando-se de um número provisório que será atualizado com o reforço dos testes neste setor.

De acordo com a ministra, no âmbito desta estratégia, vai também ser assegurada a testagem de todas as pessoas que tenham "determinada vigilância" por parte das autoridades de saúde.

A determinação do confinamento obrigatório dessas pessoas e a garantia deque o mesmo se realiza pelas forças de segurança são outras das medidas da estratégia, que prevê ainda um acompanhamento clínico diário, referiu.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 364 mil mortos e infetou mais de 5,9 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,4 milhões de doentes foram considerados curados.

Em Portugal, morreram 1.396 pessoas das 32.203 confirmadas como infetadas, e há 19.186 casos recuperados, de acordo com a Direção-Geral da Saúde.
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