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Costa contra "o fatalismo dos que só olham para as previsões"
O primeiro-ministro criticou esta manhã em Gaia aqueles que acham que os resultados do crescimento e do investimento no país são "uma questão de optimismo ou pessimismo".
António Costa distinguiu esta terça-feira, 20 de Setembro, "duas formas de estar na vida" política e que têm efeitos sobre os resultados, insistindo na crítica ao "fatalismo" de quem se resignam com as previsões. Para o primeiro-ministro, "há aqueles que ficam à espera que aconteça e aqueles que fazem acontecer", "há quem olhe para as previsões e diga 'isto pode não correr bem'; e há quem olhe para as previsões e diga 'temos de fazer para que corra bem'".
"Não é uma questão de optimismo ou de pessimismo, é uma questão de determinação e de não aceitar qualquer tipo de fatalismo. Se nós quisermos crescer mais , temos de fazer por crescer mais. Se para crescermos mais temos de investir mais, temos de criar condições para que haja mais investimento. Essa é a prioridade: temos de ter mais investimento", disse o chefe do Governo.
Durante a apresentação do Quadro de Investimento Inteligente Gaia 2016/2018, no valor de 300 milhões de euros, António Costa referiu-se a este plano como "mais um exemplo que desmente o fatalismo daqueles que só olham para as previsões" e sustentando que "as previsões ignoram a capacidade que também temos para fazer com que que o destino não seja uma fatalidade".
"Se nada fizermos o resultado é um, mas se fizermos o resultado é outro. Estamos a acrescentar 300 milhões de euros às previsões que existiam sobre o investimento que ia ser feito. E estamos a acrescentar 300 milhões ao crescimento que se previa que ia existir. Fazendo isto em todo o país, iremos contrariar a fatalidade de não crescermos e de não haver investimento. Pelo contrário, desmentiremos com investimento aquilo que são as piores previsões e reforçaremos a confiança de que chegaremos ao porto certo", resumiu.
Público não substitui o privado
Dois terços deste investimento já contratualizado no concelho para os próximos dois anos, concentrado no centro histórico de Vila Nova de Gaia, é suportado por privados. Costa concordou que "o investimento público não substitui o privado", visando antes "criar melhores condições" para que as empresas decidam instalar-se e investir naquele território.
O primeiro-ministro sublinhou que "é neste esforço conjunto" que o Estado pode ajudar o país a crescer, a criar emprego, a criar riqueza e a valorizar o nosso território, lembrando ser este último um dos eixos do denominado Programa Nacional de Reformas, apresentado em Março e entretanto já aprovado por Bruxelas.
Reclamando o contributo da acção do Governo para atrair o investimento - com a estabilização do sistema financeiro, a criação da unidade de missão para a capitalização das empresas e a aceleração dos fundos comunitários -, Costa avançou que há actualmente concursos abertos para mais de 1.350 milhões de euros de verbas disponíveis para as autarquias e que estão já contratualizados perto de 400 milhões de euros para que os municípios possam investir.