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Costa Silva "confortável" com IVA zero diz que medida "terá impacto com certeza"

Ministro da Economia diz que a medida vai ser "benéfica para os consumidores nos próximos meses". "É melhor ter IVA zero neste cabaz de 44 produtos do que ter IVA como anteriormente", apontou.

João Cortesão
28 de Março de 2023 às 14:03
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O ministro da Economia, António Costa Silva, garante estar "confortável" com a descida do IVA para 0% num cabaz de 44 bens, depois de ter sido crítico da medida como solução para travar a espiral inflacionista nos produtos alimentares.

"Não se trata disso. Fui crítico da medida do IVA zero se não viesse acompanhada de mecanismos que permitam que se reflita no preço final aos consumidores. A grande preocupação são os consumidores e, felizmente, no decurso desse processo houve capacidade de articular e de criar aqui este pacto, não só com a produção mas sobretudo com a distribuição", afirmou António Costa Silva, aos jornalistas, após ter sido questionado se se sentia desautorizado.

Aos jornalistas, à margem do lançamento, simbólico, da primeira pedra de um novo entreposto logístico do Lidl, em Loures, o ministro, que foi alvo de fortes reparos por parte da distribuição nas últimas semanas, fez referência em particular ao envolvimento da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), destacando o seu "compromisso" para "ficar absolutamente vinculada a esta redução do preço na proporção da redução do IVA".

António Costa Silva afastou também o ceticismo em torno dos efeitos reais da medida, considerando que a medida vai ser "benéfica para os consumidores nos próximos meses": "Terá impacto com certeza. É melhor ter IVA zero neste cabaz de 44 produtos do que ter IVA como anteriormente.

"Esse impacto vai-se notar também se tivermos realmente uma redução da inflação", realçou, apontando que há sinais disso mesmo quando se olha para as suas "grandes alavancas", dando os exemplos da diminuição dos preços da energia e até de algumas matérias-primas.

"Penso que a economia mundial se vai ajustar a isso e se este ciclo se caraterizar por uma menor inflação conjugado com a redução do IVA e os apoios anunciados pelo Governo nas últimas semanas, que vão já em 1.500 milhões de euros [verba que inclui 600 milhões de milhões de euros para o corte do IVA e ajudas à produção e ainda o pacote da habitação], será muito importante para estabilizar os preços dos produtos alimentares", sublinhou o governante.

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