Notícia
Costa responde a Rui Moreira: bazuca não é o Estado a gastar consigo próprio
No lançamento do concurso para uma nova ponte sobre o Douro, o primeiro-ministro aproveitou para contrariar o autarca Rui Moreira e assegurar que o Plano de Recuperação e Resiliência "é muito dinheiro que não é para o Estado gastar consigo próprio".
António Costa aproveitou o evento de lançamento do concurso público para conceber uma nova ponte sobre o rio Douro e criar uma "segunda linha" de metro entre Porto e Gaia para responder às críticas feita pelo autarca portuense ao Plano de Recuperação e Resiliência do Governo.
Numa entrevista recente ao JN/TSF, Rui Moreira, falando sobre o plano nacional com que Portugal pretende aceder aos dinheiros da chamada bazuca europeia, criticou o centralismo presente no PRR e disse que servirá apenas "para assistir o Estado na sua incompetência para se transformar".
"É muito dinheiro, mas é muito dinheiro que não é para o Estado gastar consigo próprio", afirmou o líder do Executivo, acrescentando que serão verbas para "gastar com o país, as portuguesas e os portugueses", designadamente através de parcerias a estabelecer com autarquias, entidades de solidariedade social, universidades e empresas, no fundo em "conjunto com a sociedade". Para o primeiro-ministro o importante é que "cada um no seu galho" possa fazer o que lhe compete.
Costa prosseguiu reiterando que os dinheiros da bazuca que o PRR visa concretizar representam "investimento público que não é do Estado para o Estado, mas do Estado para os cidadãos".
O também secretário-geral socialista apontou como exemplo este mesmo investimento que permitirá alargar a abrangência do metro na área metropolitana do Porto. "Investimento público é investir em novas redes do metro", apontou. Acrescentou depois que a "inteligência do programa de recuperação" consiste precisamente na intenção de canalizar dinheiro para responder aos "desafios do futuro" de toda a União Europeia, designadamente a necessidade de reforço da resiliência económica do bloco comunitário e ainda a dupla transição, climática e digital.
Respondendo ainda às críticas de Rui Moreira e de outras figuras e entidades, António Costa assegurou que o PRR tem dinheiro para as autarquias e quantificou a verba prevista em "pelo menos 7 mil milhões de euros [que] são elegíveis para as autarquias locais" de um total de 13,9 mil milhões de subvenções a fundo perdido a que o país tem direito.
É dinheiro que poderá ser investido em transportes públicos, habitação, floresta ou ainda na eliminação de barreiras arquitetónicas hoje existentes em muitas cidades. Serão, portanto, fundos que "só podem ser executados pelas autarquias" e "é mesmo com as autarquias que vamos construir estes projetos", assegurou o líder do Governo.
Elogiando a aposta do Governo e de Bruxelas na mobilidade, Costa defendeu que a solução para o combate às alterações climáticas terá necessariamente de passar pelas cidades, que produzem cerca de 75% das emissões de gases com efeito de estufa. Um desafio que "só se vence ou perde nas cidades", atirou frisando que será preciso "investir em mais e melhor transporte público" para rematar que o "transporte público é e será a chave do sucesso deste combate" ao aquecimento global.
Deste modo, António Costa aponta como essenciais as duas novas linhas que permitirão ligar de metro a Casa da Música à Praça do Império e Devesas a Santo Ovídio, "obras com visão estratégica", sustentou. Trata-se assim de "investimentos de futuro que vão contribuir, desde já, para a reanimação da economia e do desemprego que a covid causou". Argumentos que levam o chefe do Executivo a insistir na ideia, ainda com as críticas de Moreira em mente, que estas apostas prova que "o plano de recuperação não é feito sem as autarquias, é mesmo feito com as autarquias".
Antes de terminar a intervenção feita com o Douro como pano de fundo, Costa recordou que no âmbito da aposta na mobilidade, o Governo não esqueceu a ferrovia e repetiu a explicação de que esta não consta do PRR devido ao tempo limitado para executar os dinheiros da bazuca, que têm de ser usados até 2026. "Uma boa ligação ferroviária de alta qualidade e de alta velocidade entre Lisboa e Porto" continua a ser encarada como fundamental pelo Governo e, como tal, é uma obra para financiar pelo novo orçamento plurianual da UE.
Numa entrevista recente ao JN/TSF, Rui Moreira, falando sobre o plano nacional com que Portugal pretende aceder aos dinheiros da chamada bazuca europeia, criticou o centralismo presente no PRR e disse que servirá apenas "para assistir o Estado na sua incompetência para se transformar".
Costa prosseguiu reiterando que os dinheiros da bazuca que o PRR visa concretizar representam "investimento público que não é do Estado para o Estado, mas do Estado para os cidadãos".
O também secretário-geral socialista apontou como exemplo este mesmo investimento que permitirá alargar a abrangência do metro na área metropolitana do Porto. "Investimento público é investir em novas redes do metro", apontou. Acrescentou depois que a "inteligência do programa de recuperação" consiste precisamente na intenção de canalizar dinheiro para responder aos "desafios do futuro" de toda a União Europeia, designadamente a necessidade de reforço da resiliência económica do bloco comunitário e ainda a dupla transição, climática e digital.
Respondendo ainda às críticas de Rui Moreira e de outras figuras e entidades, António Costa assegurou que o PRR tem dinheiro para as autarquias e quantificou a verba prevista em "pelo menos 7 mil milhões de euros [que] são elegíveis para as autarquias locais" de um total de 13,9 mil milhões de subvenções a fundo perdido a que o país tem direito.
É dinheiro que poderá ser investido em transportes públicos, habitação, floresta ou ainda na eliminação de barreiras arquitetónicas hoje existentes em muitas cidades. Serão, portanto, fundos que "só podem ser executados pelas autarquias" e "é mesmo com as autarquias que vamos construir estes projetos", assegurou o líder do Governo.
Elogiando a aposta do Governo e de Bruxelas na mobilidade, Costa defendeu que a solução para o combate às alterações climáticas terá necessariamente de passar pelas cidades, que produzem cerca de 75% das emissões de gases com efeito de estufa. Um desafio que "só se vence ou perde nas cidades", atirou frisando que será preciso "investir em mais e melhor transporte público" para rematar que o "transporte público é e será a chave do sucesso deste combate" ao aquecimento global.
Deste modo, António Costa aponta como essenciais as duas novas linhas que permitirão ligar de metro a Casa da Música à Praça do Império e Devesas a Santo Ovídio, "obras com visão estratégica", sustentou. Trata-se assim de "investimentos de futuro que vão contribuir, desde já, para a reanimação da economia e do desemprego que a covid causou". Argumentos que levam o chefe do Executivo a insistir na ideia, ainda com as críticas de Moreira em mente, que estas apostas prova que "o plano de recuperação não é feito sem as autarquias, é mesmo feito com as autarquias".
Antes de terminar a intervenção feita com o Douro como pano de fundo, Costa recordou que no âmbito da aposta na mobilidade, o Governo não esqueceu a ferrovia e repetiu a explicação de que esta não consta do PRR devido ao tempo limitado para executar os dinheiros da bazuca, que têm de ser usados até 2026. "Uma boa ligação ferroviária de alta qualidade e de alta velocidade entre Lisboa e Porto" continua a ser encarada como fundamental pelo Governo e, como tal, é uma obra para financiar pelo novo orçamento plurianual da UE.