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Costa: Incêndio de Monchique não “será apagado nas próximas horas”. Serão precisos mais dias
António Costa diz que não pode haver ilusões. Serão precisos mais dias para pôr termo ao incêndio de Monchique, que já se arrastou a Sines e Portimão.
O primeiro-ministro, António Costa, apelou a todas as populações que respeitem o que lhes é pedido pelas autoridades que estão a combater os fogos, salientando que o que se está a fazer é "assegurar o bem mais precioso que é a vida". O primeiro-ministro falava numa conferência de imprensa na Autoridade Nacional de Protecção Civil, citado pela Sábado.
António Costa defendeu que o caso de Monchique é a excepção "que confirmou a regra do sucesso da operação ao longo destes dias", considerando que "valeu a pena a prevenção". Se nada tivesse sido feito, "seguramente com a vaga de calor que tivemos, teríamos mais do que as 581 ocorrências, mais do que estes 26 incêndios e mais graves", sublinhou.
Quando ao incêndio de Monchique, António Costa admitiu que serão precisos mais dias para apagar o incêndio no concelho algarvio, pois as oportunidades de "combate efectivo" são muito reduzidas. "Não vale a pena ter a ilusão de pensar que este incêndio será apagado nas próximas horas. As condições serão adversas, do ponto de vista de temperatura, de velocidade do vento e de humidade relativa", explicou, acrescentando que um "trabalho de contenção é o que está a ser feito e pode ser feito".
As chamas que lavram no concelho de Monchique já provocaram 32 feridos – 31 ligeiros e um grave -, segundo os números apresentados esta quarta-feira, 8 de Agosto, pela segunda comandante operacional nacional da Autoridade Nacional de Protecção Civil (ANPC), Patrícia Gaspar. O número de pessoas deslocadas devido aos incêndios ascende a 181.