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Costa: "Centeno só daria uma resposta definitiva depois de falar com o Presidente"

Primeiro-ministro diz que que conversa com Marcelo Rebelo de Sousa "seria essencial" para o governador perceber "condições de governabilidade".

Tiago Petinga/Lusa
11 de Novembro de 2023 às 21:33
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O primeiro-ministro António Costa afirmou este sábado que fez o convite a Mário Centeno, governador do Banco de Portugal, para o substituir no cargo e prolongar a legislatura, mas que o ex-ministro das Finanças nunca chegou a aceitar.

A explicação surge depois das críticas dirigidas pelos partidos políticos à falta de independência do governador do Banco de Portugal - alguns deles pedindo a demissão de Centeno - e do anúncio pelo supervisor financeiro de que a Comissão de Ética irá avaliar o tema.

"Quando apresentei a proposta, conhecia que Mário Centeno só daria uma resposta definitiva depois de falar com o senhor Presidente da República, de conhecer as condições de governabildidade que tinha e de saber se a comissão política do PS correspondia à minha proposta", afirmou António Costa nas declarações aos jornalistas na residência oficial de São Bento, após a declaração ao país.

Costa enfatizou que "nunca houve" uma resposta final de Mário Centeno e que o cenário se diluiu perante a decisão do Presidente da República de dissolver a Assembleia da República.

E frisou que apresentou o nome de Mário Centeno por entender que era necessária uma "mensagem para o mundo de que Portugal tinha encontrado solução de respeito e elevada competência" numa altura em que "a notícia de que o primeiro-ministro de Portugal se demitiu associado a um caso de corrupção fez primeira página em jornais estrangeiros".

"Falei ao senhor Presidente da República e agi com conhecimento do senhor Presidente. Entendi, e creio que não estarei isolado neste entendimento, que o professor Mário Centeno preenche 3 requisitos: tem sólida experiência governativa, merece o respeito da generalidade dos portugueses e tem reconhecimento e credibilidde interncaionais", sublinhou.

A Comissão de Ética do Banco de Portugal (BdP), órgão que analisa a aplicação do código de conduta no regulador, vai reunir no início da semana para avaliar eventuais incompatibilidades ou conflito de interesses decorrentes do convite do primeiro-ministro ao governador Mário Centeno para a sua substituição no cargo, caso não tivesse sido dissolvida a Assembleia da República e convocadas eleições antecipada.

O encontro deverá acontecer na segunda-feira e o parecer da comissão de Ética deverá ser emitido nesse mesmo dia, sabe o Negócios.
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