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Centeno esclarece que nunca foi convidado por Marcelo para primeiro-ministro
O governador do Banco de Portugal emitiu um comunicado esta manhã depois de o jornal inglês Financial Times ter publicado declarações de Mário Centeno onde afirmava que tinha sido convidado pelo Presidente da República
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O governador do Banco de Portugal garante que nunca foi convidado por Marcelo Rebelo de Sousa para assumir o cargo de primeiro-ministro de um Governo do PS e que apenas aceitou "refletir" sobre o assunto.
"É inequívoco que o Senhor Presidente da República não me convidou para chefiar o Governo", lê-se numa nota de Mário Centeno divulgada esta segunda-feira, indicando que "na sequência dos eventos desencadeados com a demissão do senhor primeiro-ministro, no dia 7 de novembro, este convidou-me a refletir sobre as condições que poderiam permitir que assumisse o cargo de primeiro-ministro", refere o comunicado emitido esta manhã.
O esclarecimento do governador do banco central surge depois da notícia do Financial Times que, citando Centeno, indicava que este tinha sido convidado pelo Presidente e primeiro-ministro para refletir sobre o assunto, considerando a possibilidade de chefiar um governo", acrescentando que "estava muito longe de tomar uma decisão".
Estas declarações motivaram um comunicado de Marcelo Rebelo de Sousa já de madrugada, garantindo que nunca tinha avançado com qualquer convite a Centeno ou outra pessoa.
A Comissão de Ética do Banco de Portugal - o órgão que avalia a aplicação do código de conduta no regulador - vai reunir-se no início da semana para avaliar eventuais incompatibilidades ou conflito de interesses decorrentes do convite do primeiro-ministro ao governador para a sua substituição no cargo, caso não tivesse sido dissolvida a Assembleia da República e convocadas eleições antecipadas.
(Notícia atualizada às 10:05 com mais informação)
